O sector de estradas em Inhambane necessita de mais de quarenta e seis milhões de meticais para executar os trabalhos de emergência visando minimizar
os estragos provocados pelas intensas chuvas nesta província.
Este valor será aplicado na reparação de algumas pontecas, tapamento de buracos e outras actividades visando a reposição de transitabilidade nos troços danificados. O mesmo representa 1,8 porcento do orçamento do governo de Inhambane para este ano.
Agostinho Trinta, governador de Inhambane, disse haver nos troços afectados empreiteiros já com contratos, o que significa que, nos próximos dias, quando a chuva abrandar, irão iniciar-se os trabalhos de reparação de estradas.
Vão começar também os trabalhos de reconstrução de salas de aulas e outras infra-estruturas do sector da Educação afectadas pelas chuvas e ventos fortes que assolaram a província.
Na Educação, o valor necessário para a reparação das cerca de vinte salas total ou parcialmente destruídas e algumas residências de professores, é estimado em cerca de seiscentos mil meticais.
Directamente, as chuvas afectaram mais dois mil alunos – alguns dos quais ficaram cerca de uma semana sem aulas, na altura em que as suas salas serviam de centros de acomodação, sobretudo nos distritos de Govuro, Panda e Homoíne.
Agostinho Trinta referiu que com o abrandamento das chuvas, as aulas já retomaram em todos os estabelecimentos de ensino da província
Uma outra área seriamente afectada foi a agricultura com a perda de pouco mais de nove mil hectares com culturas diversas, que foram inundadas.
O problema afectou mais de oito mil produtores dos distritos de Govuro, Morrumbene, Homoíne, Panda, Jangamo e cidades de Inhambane e Maxixe.
As necessidades, em termos de sementes, indicam para mais de vinte toneladas e o governador de Inhambane diz estar assegurada uma parte da semente, cuja distribuição pelos camponeses deverá iniciar esta semana.
No rol dos prejuízos, o governo de Inhambane reporta a morte de mais de trezentos animais entre bovinos, caprinos e suínos.
Entretanto, o governado de Inhambane renovou o apelo no sentido de a população abandonar as zonas de risco para lugares seguros uma vez que época chuvosa continua até Março.
Segundo Trinta, ao nível dos distritos, estão destacadas algumas equipas para a sensibilização e mobilização das comunidades, visando a sua retirada das zonas de risco. Em caso de renitência, as autoridades poderão recorrer ao uso da força, porque “a preocupação é evitar a perda de vidas humanas na sequência das cheias e ou inundações”.