O Presidente da República, Armando Guebuza, disse, no Bairro Tsalala, no Município da Matola, ser falso o argumento que tem sido usado pela Renamo, segundo o qual o impasse nas rondas de
diálogo decorre do facto de a delegação governamental recusar-se assinar o que a “perdiz” designa de acordo político”.
É que, segundo Guebuza, não faz o menor sentido a Renamo colocar a questão de um tal acordo político, cujo conteúdo, segundo referiu o Chefe do Estado, não foi apresentado em nenhuma das 17 sessões de diálogo até aqui havidas entre o Governo e a Renamo.
Para Guebuza, assinar o aludido documento ou aceitar o tal acordo político (sem conhecer o seu teor ou conteúdo) “seria o mesmo que assinar um cheque em branco, porque conhecemos muito bem como é a Renamo e o seu líder, Afonso Dhlakama”, disse o Presidente.
“Eles querem, isso sim, dividir o país e criar a ideia de que a paz em Moçambique depende somente deles. A paz diz respeito a todos os moçambicanos, não é propriedade exclusiva de uma única pessoa ou partido. A paz faz parte do conjunto de conquistas que os moçambicanos alcançaram até aqui e com muito sacrifício. Repito, eles querem dividir o país e fazerem aquelas matanças de compatriotas nossos como vimos acontecer em Muxungué. Não é com esse tipo de pessoas que nós podemos assinar o que eles chamam de acordo político sem sequer conhecermos o conteúdo do mesmo”, disse Guebuza. Acrescentou que o Governo vai, contudo, continuar a fazer de tudo para garantir a manutenção da paz em Moçambique e sobretudo que os direitos fundamentais do povo sejam respeitados.
Comprometida implantação de 5000 casas no Intaka
Parte das casas poderão ser construídas alternativamente em Marracuene por falta de espaço no Intaka
Apenas 60 hectares dos cerca de 319 previstos para a implantação das cinco mil casas do “Projecto Intaka – Cidade Ideal” é que se encontram disponíveis em virtude da relutância da população nativa em abdicar dos seus terrenos, facto que poderá comprometer a materialização integral daquele ambicioso projecto no bairro Intaka.
Em face disso, segundo Borges da Silva, da direcção do Fundo de Fomento de Habitação (FFH), esta instituição e a firma chinesa Guoji estão a envidar esforços para obter uma área alternativa no distrito de Marracuene, onde poderá ser construída grande parte das casas do Projecto, porque, de contrário, seriam necessários cerca de cinco milhões de dólares para compensar as famílias nativas que ocupam aproximadamente perto de 259 hectares.
No entanto, até ao momento, foram construídas 300 casas (das 330 previstas para a primeira fase) e o consórcio prepara-se para arrancar, em Outubro próximo, com a segunda etapa que consistirá na edificação de outras 700 residências do tipo1 a 3.
Conforme soube o domingo à margem da visita do Presidente da República, Armando Guebuza, àquele projecto, localizado no Município da Matola, do conjunto das casas concluídas sabe-se que 150 já foram compradas e pelo menos 500 pessoas fizeram reserva de igual número de casas, estando em curso a burocracia relativa aos pagamentos dos imóveis junto da banca.
O projecto Intaka está localizado a noroeste de Maputo, há sensivelmente 10 quilómetros da cidade de cimento, e deveria cobrir inicialmente uma área de 319 hectares para a implantar cinco mil casas que beneficiariam cerca de 20 mil residentes. Foram investidos até aqui cerca de dez milhões de dólares norte-americanos.
Guebuza escala província de Gaza
No prosseguimento da sua Presidência Aberta, o Presidente da República, Armando Guebuza, escala esta terça-feira a província de Gaza, tendo como ponto de entrada o distrito de Chibuto.
Nesta província, segundo informações obtidas pela nossa Reportagem, Guebuza irá visitar sucessivamente os distritos de Chibuto, Chigubo, Chicualacuala e o Município de Bilene.
Ainda na província de Gaza, o Chefe do Estado moçambicano vai dirigir, no dia 01 de Setembro, em Maqueze, no distrito de Chibuto, as cerimónias centrais alusivas à homenagem do Herói Nacional Armando Tivane, por ocasião da passagem do seu 40º Aniversário após a sua morte.
Importa referir que a Presidência Aberta e Inclusiva tem como propósitos acompanhar e avaliar a implementação dos programas de governação, tais como: O Plano Quinquenal do Governo, o Plano Económico e Social 2012 e o Plano de Acção para a redução da pobreza.
O objectivo é de consolidar a valorização da Unidade Nacional, cultura de paz e auto-estima, bem como aprofundar a cultura de governação participativa através do diálogo com os dirigentes locais e a população.