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Mulher festeja seu dia cantando conquistas

Por admin

Comemora-se amanhã em todo o país o 7 de Abril, Dia da Mulher Moçambicana, numa altura em que esta procura ampliar o seu espaço de actuação na sociedade. domingoencontrou alguns exemplos de mulheres que contrariam a metáfora que as define como flores meramente lindas e delgadas.

Cada vez mais elas demonstram capacidade e destreza para gerir, tal como o homem, qualquer sector. É o que se apresenta nas entrevistas que se seguem:

Tabus tornam a mulher prisioneira

– Maria Helena Pinto, bailarina, coreógrafa e professora de dança

Mãe de um menino de onze anos, Maria Helena Pinto entrou para o mundo da dança aos sete anos. Tudo aconteceu porque foi assistir a uma actuação da Companhia Nacional de Canto e Dança, que apresentava uma peça designada “As mãos”. Na altura, Maria José Sacur era destaque dessa apresentação. “Fiquei apaixonada pela dança, encantei-me por todos aqueles movimentos e, a partir daquele momento, tomei uma decisão: “quero ser bailarina!’”.

Passado algum tempo, quis o destino que eu fosse recrutada na Escola Primária 16 de Junho em 1983 para fazer exame no Museu da Revolução. Seis meses depois, sem saber nada do resultado, a minha mãe praticamente me obrigou a ir à Escola de Dança para saber se tinha sido aprovada ou reprovada naquele exame. E de lá nunca mais saí. Comecei a fazer a formação de nível básico na Escola Nacional de Dança, que durou cerca de nove anos. Depois tive uma bolsa para estudar em Cuba em 1990, fiquei lá quatro anos a fazer o curso de bailarina e professora de dança moderna. Esse curso terminou em 1994 e em 1995 comecei a trabalhar com a Companhia Nacional de Canto e Dança (CNCD). Em 1996, porque tinha vontade de continuar a estudar, fui à França onde durante um ano fiz o curso de francês. Depois disso ingressei na Universidade para fazer a licenciatura. Quando terminei, liguei para o mestrado. Mais tarde fui fazer o doutoramento”.

A Licenciatura e Mestrado foi em Artes Cénicas, já o Doutoramento é em “Estética Ciências e Tecnologias das Artes opção Teatro e Dança”, na Universidade de Paris em França, cuja tese foi depositada recentemente na universidade e será defendida em Junho do corrente ano.

Destaque vai para o facto de Maria Helena Pinto ser a primeira mulher em Moçambique a fazer Doutoramento em Dança. “Tive essa vontade e senti necessidade de acumular conhecimentos sobre a dança até ao mais alto nível. Obviamente a experiência é fundamental, mas há que valorizar, igualmente, a formação”. 

Entretanto, esta mulher tem o sonho de se tornar uma empresária. “Pretendo construir uma vila artística com o nome Dans´Artes, na comunidade de Djonasse, com o objectivo levar as artes à comunidade. É um projecto pensado para a comunidade artística ao nível local, mas que se estenderá por todo o país. Espera-se, portanto, que o Dans´Artes contribua para o desenvolvimento artístico-cultural e humano, assim como económico e comunitário”.

Sendo este um projecto muito importante, “estou à procura de parceiros económicos, doadores, patrocinadores, ou seja, de pessoas que acreditem no meu projecto, nos valores que irá trazer para a nossa sociedade”, refere.

E tendo em conta a comemoração do 7 de Abril, Dia da Mulher Moçambicana, Maria Helena Pinto, referiu-se à figura da mulher como aquela que revoluciona, que ousa. “Ela tem a capacidade e visão extraordinária de perceber o mundo”, considera, e em seguida alvitra “ser mulher moçambicana significa lutar contra muitos tabus, tabus que a tornam de alguma maneira prisioneira. Aqui na zona sul, principalmente em Maputo, a relação que nós temos com o corpo está ligada ao pudor. Eu sou artista e trabalho com o corpo e quando o exponho há logo uma barreira. Quando abordamos peças, por exemplo, em que a nudez é um assunto de reflexão entramos em conflito, alega-se que há atentado ao pudor”.

Numa visão geral, a mulher, segundo ela refere, encontra-se num mundo onde confluem várias culturas, algumas das quais subalternizam-na. Daí que “há que criar um diálogo para que a mulher possa fazer acontecer as suas necessidades e não aquelas que lhes são impostas”.  

Paralelamente a isso, afirma ser necessário olhar com atenção para o que ela chama de ‘diabolização da mulher’. “Sempre se aponta para a mulher como veículo do mal. Acusam-na de feitiçaria, de assassina… Como assim somos assassinas? E tiram-nos tudo, quando os nossos maridos morrem, mas quando morre a mulher as coisas mudam, e os homens não são culpados, porquê? É preciso revolucionar isso”, aguça.

Como mensagem por ocasião desta data, Maria Helena Pinto pede que as mulheres questionem tudo, até a coisa que parece simples. “Questionem o que vos ensinam em casa, na faculdade, nas escolas, os nossos chefes. Questionar não é sinónimo de violência, mas sim apresentação de um ponto de vista diferente”.

A mulher deve ser activa

– Pastora Vitória Armando Chifeche, da Igreja Metodista Unida de Moçambique

Entrou para a vida religiosa aos 17 anos de idade, seguindo o “chamamento de Deus”. Há vinte e dois anos que Vitória Chifeche é Pastora da Igreja Metodista Unida. Formou-se, ao nível de mestrado, em Teologia na República do Zimbabwe e, actualmente, cursa o doutoramento nesta mesma área na Universidade de Pretória, África do Sul. Esposa e mãe de quatro filhos declara que desenvolve a sua actividade com muito gosto, sem pensar em satisfação monetária.

Mulher dinâmica, Vitória Chifeche coordena, na sua igreja, actividades em prol da mulher. “Trabalhamos de forma a conferir uma vida digna a um grupo de mulheres viúvas, rejeitadas pelos seus familiares, acusadas de feitiçaria. Elas residem em Massinga, província de Inhambane. Actualmente, estamos a angariar fundos para a construção de infra-estruturas para habitação, sendo que já conseguimos, com esse acção, construir três casas com quatro quartos, cada uma, onde habitam algumas dessas mulheres”.

Ao falar da sua colaboração dentro da religião, a Pastora Vitória aproveita o ensejo para defender a necessidade de toda a mulher se envolver em actividades importantes que a tornam um ser crucial no desenvolvimento da família e da sociedade duma forma geral. “Eu gosto de mulheres atrevidas”, confessa, “mas isso não deve significar andar à margem dos princípios que devem reger qualquer ser humano. Falo do respeito por si mesmo e pelo próximo; andar longe do álcool, da agressão, uma vez que corremos para uma meta que é o céu. A mulher deve levar uma vida digna, longe da vulnerabilidade”, sentencia.

Neste sentido, a igreja tem tido um papel importante na educação da rapariga desde os primeiros anos de vida. A título de exemplo “aconselhamo-las sobre matérias como sexualidade, higiene corporal, sobre a necessidade de não se envolverem precocemente na actividade sexual e a se comportarem de maneira digna na família e na sociedade, seguindo os passos dos nossos antepassados”.

 Aliás, sobre esta questão, resguarda que a imprensa tem um papel a desempenhar difundindo esses princípios que fazem parte da nossa tradição, principalmente porque “nós sabemos pouco de nós, não temos auto-estima e sempre achamos que o que é do vizinho é sempre melhor. Por isso, na minha opinião, há que reduzir o tempo das telenovelas e criar e/ou alargar espaços para veicular informações sobre a nossa cultura, nossos hábitos e costumes”.

Como uma boa mulher, no seu lar, a Pastora Vitória dedica-se aos afazeres domésticos. “Faço um pouco de tudo, mas não gosto de passar ferro à roupa. O que faço com muito gosto é pilotar o fogão para preparar uma boa nyangana”. Terminando, Pastora Vitória exorta a todas as raparigas a se interessarem pela escola, “independentemente das distâncias que separam as vossas casas das instituições de ensino, devem estudar, uma vez que é através da escola que terão uma vida digna”.    

Não devemos nos curvar diante de dificuldades

– Emilia Bato, comerciante

Terminou recentemente a licenciatura em Ciências da Educação, um percurso feito em meio de muitas dificuldades. Uma barraca de caniço, onde vende diferentes produtos alimentares, como legumes, bolachas, refrigerantes e pão sustentou os seus estudos. Emília Bato é divorciada e mãe de quatro filhos.

Mulher de personalidade forte, garante que apesar de vários obstáculos, nunca deixou de lado o desejo de se formar ao nível superior. “Desistir não faz parte de mim”, avisa, “quando tomo uma decisão vou até ao fim, até conseguir tudo o que almejei. Formei-me graças a esta minha barraquinha. Este negócio não deixou faltar dinheiro para as cópias, para as propinas e outras obrigações que eu tinha na faculdade”.

Fez o Ensino Básico e Médio já na idade adulta. “Tinha trinta e poucos anos”. Já em 2010, ingressou no ensino superior onde frequentou o curso de Ciências de Educação pela Universidade Pedagógica de Moçambique, meta concluída no último mês de Março, altura em que defendeu a sua monografia. “Sempre gostei da área de Educação”. Prova disso foram as crianças que domingoencontrou dentro da sua barraca de negócios, a receberem orientação. “Meu sonho é um dia criar uma escola no meu bairro para as crianças desfavorecidas”.

Quanto aos seus filhos, estão todos encaminhados. “As mais velhas já têm formação superior, e os mais novos frequentam o nível médio”. Preocupada com o futuro dos seus filhos conta que em 2008 trabalhou como empregada doméstica para sustentar os estudos da sua filha mais velha quando ingressou no ensino superior em Inhambane. Emília Bato afirma que nunca teve emprego numa instituição formal.

Hoje, o pequeno negócio continua a sustentar os estudos dos seus filhos e as despesas do seu lar. Entretanto, outra fonte de apoio é a sua machamba. “Não compro verduras e amendoim, isso ajuda-me a economizar algum dinheiro, que canalizo para outros fins”.

Feliz com a sua formação, não deixa de anotar que os homens ainda não estão preparados para conviver em pé de igualdade com as mulheres. Mesmo assim, aconselha as mulheres, em particular as africanas,“a não se subjugarem ao homem, mas para que isso seja possível a instrução é fundamental, pois sem este instrumento elas se tornam vulneráveis”.

Lágrima no olho não significa fraqueza

Orlanda Gomane, docente universitária

O seu dia-a-dia é de tirar o fôlego. Orlanda Gomane é docente da Universidade Pedagógica na Faculdade de Ciências da Linguagem, Comunicação e Artes e exerce também a função de directora-adjunta para a área de graduação. No seu percurso académico destaca-se a Licenciatura em Ensino de Português, pela Universidade Pedagógica, grau concluído em 1997, Mestrado pela Universidade do Porto em Linguística Portuguesa, concluído em 2006, e Doutoramento em Linguística pela Universidade Eduardo Mondlane, formação concluída em 2012.

A sua actividade no professorado cristaliza-se após a formação no Instituto Médio de Professores Filipe Elidja Machava, concretizando, desse modo, o sonho de se tornar professora de Português. “Durante o ensino primário eu gostava da disciplina de Português e saía-me bem nos exercícios, isso deixou-me apaixonada pela área. Naturalmente, a minha professora, na altura, a professora Virgínia, serviu-me de inspiração. Gostava da forma como ela ensinava aos seus alunos”. Mais tarde, após a formação em Ensino de Língua Portuguesa, pela Universidade Pedagógica, passa a leccionar no nível superior, nesta mesma Universidade.

Orlanda Gomane é, também esposa, mãe de cinco filhos (três biológicos e dois adoptivos) e avó. Mesmo assim, afirma que tem conseguido harmonizar essas responsabilidades, “porque sou gestora como acho que devem ser todas as mulheres, para além disso apoio-me em outras pessoas que me auxiliam tanto no meu local de trabalho bem como no meu lar, e quando estou no meu local de trabalho deixo de ser a doméstica e passo a ser a académica”:  cumpre a agenda do dia, vê as anotações, dá orientações.

Segura de si, a dado momento, dispara: “É bom ser mulher!” pois, de acordo com suas palavras, ela é capaz de fazer tudo, de pensar em muitas coisas ao mesmo e sair-se bem. “Elas nascem com isso, é algo natural, mesmo com uma lágrima espreitando no canto do olho, as mulheres não se deixam abater!”, considera e em seguida brinca: “eu não quero ser homem sob hipótese alguma!”.

Perguntamo-la se nalgum momento pensou em desistir da sua carreira profissional para cuidar exclusivamente do seu lar. “Não!”, responde expeditamente, mesmo assim adianta que no futuro poderá deixar estas ocupações “para cuidar do meu jardim (risos), isto torna a minha mente mais positiva”, justifica-se.

Falando da educação dos seus filhos, afirma que, como mãe, sempre procurou orientar os seus filhos a se interessarem pela escola. Entretanto, “há que chamar a sua atenção para a necessidade de, a partir de uma determinada idade, garantirem o seu sustento, trabalhando. Mas a formação é, sem dúvida, um bem essencial para toda a vida”.

E por ocasião do 7 de Abril, Orlanda Gomane lança um apelo a todas as mulheres: “Nunca nos demitamos das nossas tarefas. Somos esposas, mães, enfim, a base das nossas famílias. Contudo, procuremos sempre partilhar as nossas actividades. Ninguém é super-mulher”. 

Mulher é muito importante para sociedade

Terma Ucucho, enfermeira

Telma Carolina Ucucho é uma jovem formada em enfermagem pelo Instituto Superior de Ciências de Saúde (ISCISA), em Maputo. Mãe de um filho, está na profissão há um ano como enfermeira-geral em exercício no Hopital Rural de Catandica, distrito de Báruè, a norte da província de Manica.

Trajada de bata branca, como mandam as regras, encontrámo-la em pleno trabalho, e no início da conversa conta-nos a sua trajectória. “Nasci na cidade de Maputo, capital do país, tenho duas irmãs. Tive uma infância maravilhosa. Pude fazer tudo o que as crianças gostam de fazer: brincar com bonecas, jogar à neca e passear com a minha família. Gostava, também, de ir ao jardim e piscina com os meus os irmãos”.

Telma Ucucho falou-nos do seu interesse pela área onde labuta. “Sempre gostei de cuidar de pessoas, daí que, após a formação primária e secundária, escolhi formar-me em saúde. Terminei o meu curso há um ano e fui afecta aqui no distrito de Báruè”.

Deslocada do seu espaço de origem, a província de Maputo, a enfermeira Telma encara a afectação em Báruè como um desafio interessante, até porque “quando terminei o curso jurei trabalhar em qualquer parte deste país. Embora tenha que encarar mudanças em diferentes aspectos (novas pessoas, novos lugares, novas maneiras de ser e de estar) confesso que sempre estive preparada para isso, principalmente por achar que a troca de culturas, hábitos é sempre estimulante, e a população de Báruè é muito boa e acolhedora. É uma vila com um bom ambiente para trabalhar e viver”, garante.

Falando da sua profissão, explica que ela acarretagrandes responsabilidades. “Para além de cuidar do doente sob o ponto de vista físico, o carinho e respeito pelo paciente é muito importante. O povo olha para nós como salvadores, como pessoas que têm solução para suas vidas no que diz respeito à saúde”.

Sobre o seu dia-a-dia como mãe e funcionária da saúde afirma ser“muito apertado! Acordo muito cedo porque às 7 horas tenho que estar no meu local de trabalho. Após a labuta, de volta à casa, cuido do meu filho, faço algumas actividades domésticas até cerca das 21 horas, altura em que me recolho. Aos fins-de-semana, quando não tenho casos de urgência por atender no hospital, tento descansar para compensar o esforço despendido ao longo da semana”. Estes momentos de descanso servem, igualmente, para a enfermeira Telma “ler muito, principalmente manuais ligados a minha área de formação. São manuais de anatomia e fisionomia humana. Mas também vejo outros livros e gosto de me informar através dos órgãos de comunicação social”. Sobre os seus dotes culinários garante que se sai bem numa cozinha, principalmente se for para fazer uma feijoada, o prato que ela aprecia. 

Saí do lar para continuar a trabalhar

-Maria José Matine, educadora de infância

Maria José Matine é educadora de infância há 33 anos no Centro Infantil do Banco de Moçambique. O dom de cuidar das crianças foi descoberto pelo seu pai que, a dado momento, conseguiu que ela fosse admitida num centro infantil quando tinha apenas dezoito anos.

Quando conseguiu essa colocação ele informou-me de forma caricata. Disse-me que tinha arranjado um marido para mim. Fiquei espantada mas, para meu gáudio, no dia seguinte levou-me ao centro infantil do Banco de Moçambique, onde trabalho até ao momento. Uma vez lá ele disse ‘eis o marido que eu te quis apresentar!’”, recorda-se. Filha de pai pastor e mãe camponesa, a tia Maria José, como é tratada na escolinha, ou simplesmente José, como seu falecido pai a tratava, afirma que hoje a mulher desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do país. “Antes, ela era vista como meramente doméstica, que ficava em casa a cuidar dos filhos  ou da machamba”. Facto curioso é que algumas páginas da vida de Maria José contam uma história similar: “Meu primeiro marido queria que eu deixasse o meu emprego para ir à terra dele cuidar da machamba. Quando informei ao meu falecido pai, a reacção dele foi a seguinte: ‘a escolha é sua!. Ou ficas com teu marido ou com o teu emprego’. E eu optei pelo meu emprego. Na altura voltei para casa dos meus pais e lá consegui apoio da minha família para cuidar do meu primeiro filho enquanto trabalhava”.

Para esta mulher o entendimento e amor ao próximo são a chave para a harmonia de uma sociedade. E no seu entender a mulher tem essa sensibilidade seja no seu lar, quando cuida da sua família, e no seu trabalho.

Nunca me senti discriminada

– Engrácia Mondlane, funcionária do MINED

Engrácia Mondlane é formada em Psicologia e, actualmente, trabalha como técnica no Ministério da Educação (MINED). Foi professora durante 15 anos. 

Declara que nunca se sentiu discriminada pelo facto de ser mulher. Para ela, a mulher moçambicana já é valorizada, uma vez que tanto nas zonas rurais como nas urbanas tem liberdade de estudar, trabalhar e realizar todas outras actividades que antes eram consideradas tipicamente masculinas.

Sempre me senti livre para fazer o que quero. Formei-me e comecei a trabalhar com alunos do ensino primário, sobretudo da primeira e segunda classe. Hoje, sinto-me realizada na minha vida profissional e familiar”.   

Contudo, a nossa entrevistada afirma que a sua rotina torna a sua vida corrida. “É difícil ser trabalhadora, mãe e esposa, mas com a colaboração do meu parceiro consigo ultrapassar as dificuldades”.

A todas as mulheres moçambicanas Engrácia Mondlane deseja que sejam felizes e que“continuem a lutar para se tornarem pessoas que o país precisa para desenvolver”.

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