Tomás Timbane faz uma avaliação negativa do informe do Procurador-Geral da República sobre o estado da justiça moçambicana, recordando o anterior bastonário que dizia que a justiça é forte
com os fracos e fraca com os fortes.
Para Timbane, a situação prevalece e o informe do Procurador é o espelho dessa triste realidade. “Nos chamados casos gritantes os envolvidos estão em liberdade, porque provavelmente conseguem contratar advogados com capacidade de construir e articular melhor os seus argumentos, enquanto os envolvidos em crimes de pequena monta nem sequer conseguem ter acesso a um advogado”, frisou o bastonário.
Segundo a fonte, não constam no informe do PGR as preocupações do povo como a lentidão da justiça, a sua fragilidade e o que ele pensa sobre a operacionalização, celeridade da justiça e superlotação das prisões.
“O Procurador-Geral da República não faz menção à grande corrupção. Nesse aspecto, quero destacar a contribuição dos media que, sem acesso às fontes, especulam sobre esses casos que deviam ser aproveitados pela PGR com algum cuidado e apurar o fundamento da denúncia”, sublinhou.