A xenofobia na África do Sul está a revelar cidadãos ingratos, aqueles que mordem a mão que um dia foi estendida para ajudá-los e levantá-los. Este é o sentimento que domingo encontrou no Centro de Acolhimento de Maguaza, algures em Moamba, lugar de trânsito de cidadãos moçambicanos que sentiram na pele as mazelas da onda de xenofobia que atingiu recentemente este país vizinho.
Eram cerca das vinte e duas horas quando cento e trinta e oito cidadãos, entre os quais 16 crianças, atravessaram a fronteira de Ressano Garcia e repisaram o solo pátrio. Eles faziam-se transportar em três autocarros. Um camião trazia o pouco que escapou dos saques.
Os meios de transporte foram agenciados no quadro de um trabalho combinado do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), do Instituto Nacional para as Comunidades Moçambicanas no Exterior (INACE) e da Organização Internacional da Migração, que facilitou a evacuação daqueles que voluntariamente regressaram à origem.Leia mais…
Bento Venâncio
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