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Guebuza inaugura quarta mineradora de carvão

Por admin

A indústria extractiva na província de Tete continua a “somar e a seguir” com a entrada em funcionamento da companhia mineradora JINDAL, do grupo indiano Jindal Steel and Power , Ltd

   aumentando assim para quatro o número de empresas mineradoras neste ponto do país.

Com efeito, o Presidente da Republica, Armando Guebuza, inaugurou oficialmente, quarta-feira última, no posto administrativo de Cachembe, distrito de Changara, o mais novo “membro”da família das empresas mineradoras baseadas em Tete.

Trata-se da JINDAL, que iniciou, praticamente as suas operações no princípio do ano em curso e que já apresenta projecções de atingir gradualmente, num futuro próximo, como meta de produção cerca de 10 milhões de toneladas de carvão (metalúrgico e coque ) por ano.

Sabe-se que a JINDAL está a explorar uma área concessionada pelo Governo moçambicano de cerca de 17.600 hectares com um potencial  e segunda estimativas da empresa a mina de Chirodzi tem reservas estimadas em 1,2 mil  milhões de toneladas, cuja licença mineira foi atribuída em 2009.

As reservas até aqui descobertas podem garantir operações que possibilitem a criação de cerca de dois mil empregos. Estima-se que até à altura em que a mina estará a operar em pleno, a JINDAL terá investido 10 biliões de dólares norte-americanos.

Discursando no acto de inauguração desta mineradora, Armando Guebuza disse que aquele acto simbolizava o lançamento de mais um pólo de desenvolvimento acelerado de Moçambique.

Para Guebuza, o distrito de Changara junta-se assim aos outros pólos de desenvolvimento que têm projectado Moçambique na imprensa mundial e nos corredores das finanças internacionais “como terra de muitas oportunidades e potencialidades, bem como terra com uma proposta de soluções para os desafios energéticos que o mundo enfrenta. Terra onde as oportunidades não se confinam ao carvão e ao gás”.

Guebuza enumerou algumas razoes que irão transformar Changara como pólo de desenvolvimento acelerado a saber: a indústria mineira para ser competitiva no mercado internacional deve elevar e manter altos padrões de produtividade e apresentar produtos de qualidade, e para esse fim ela precisa de socorrer-se de tecnologia de ponta nos seus processos produtivos, o que pressupõe recursos humanos qualificados.

Para além disso, o Chefe do Estado destacou ainda que empreendimentos da dimensão e quilate do Projecto de Exploração de Carvão de Chirodzi, implementado pela JINDAL, funcionam como geradores de oportunidades de negócios e geração de emprego, porque “na verdade, ao se estabelecerem localmente induzem a criação de uma extensa cadeia de serviços e de fornecedores locais, gerando, de forma multiplicadora, oportunidades de emprego, negócio e gerando renda”.

De acordo com Guebuza, os mega-projectos propiciam o desenvolvimento de infra-estruturas socioeconómicas. A título de exemplo, este empreendimento já deu uma valiosa contribuição na construção de infra-estrutruras sociais e dinamizadoras da economia local. “Queremos destacar o benefício que algumas aldeias vão derivar da energia fornecida pela subestação da JSPL, das estradas locais melhoras e das infra-estruturas na área da educação e saúde”, referiu o Presidente.   

Por seu turno, o Director Geral daquela companhia mineradora, regozijou-se com o ambiente e desempenho das autoridades do Governo, a todos níveis, o que possibilitou “estabelecermos a nossa companhia neste lindo país”.

“Este investimento não está apenas em Moçambique para a extracção de recursos naturais, mas também para igualmente contribuir no desenvolvimento sócio-economico sustentável”, disse Jindal enfatizando que este empreendimento é fruto das boas relações de amizade e cooperação entre os governos moçambicano e indiano.    

É de referir que a JSPL tem presença em 14 países (sete dos quais da SADC). No caso de Moçambique, esta companhia já realizou a primeira exportação, em Maio último, a partir do Porto da Beira.

Com efeito, a JINDAL exportou para Índia 36.600 toneladas de carvão, através do navio Maori Maiden. Pelo menos 15 a 20 camiões de grande tonelagem alugados pela companhia movimentam-se diariamente de Tete a Beira para o escoamento do carvão.

Entretanto, JINDAL anunciou um plano inovador para viabilizar o processo de escoamento do carvão o qual passa pela construção de um pipeline com cerca de 600 quilómetros, a partir da sua mina até ao Porto da Beira. Será bombeada água que empurrará o carvão até ao Porto e aqui ocorrerá a separação do carvão e da água, devendo o líquido precioso ser aproveitado para outras aplicações.

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