O Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, desafia os moçambicanos a abandonarem atitudes pessimistas de viver “num mundo de lamentações” e partirem para o combate à pobreza, transformando os desafios em oportunidades de desenvolvimento e de reconstrução das suas vidas, tendo em vista o alcance da prosperidade.
Guebuza, que falava sexta-feira última, em Maputo, no Palácio da Ponta Vermelha, por ocasião da recepção oficial do fim do ano de 2013 oferecida aos moçambicanos na diáspora, Corpo Diplomático, personalidades nacionais, entre outros, condenou a atitude daqueles concidadãos que “passam a vida a lamentar” mesmo com consciência de que o país está em franco desenvolvimento.
“Às vezes, algumas pessoas felizmente muito poucas vivem de lamentações. Estão sempre a lamentar. Essas pessoas quando têm um pão dizem ah! está a ver? só tenho um pão. Se têm dois pães, dizem está a ver? só tenho dois pães, devia ter mais. Se têm quatro pães, diz ah! os pães que me deram são pequeninos. Estão sempre a lamentar”, disse o Chefe do Estado.
Segundo afirmou, tal atitude revela falta de auto-estima e de amor-próprio, uma vez que mesmo perante vitórias e realizações tangíveis conducentes ao bem-estar tais pessoas também lamentam.
Entretanto, Armando Guebuza fez questão de anotar que no país existem outros moçambicanos que se entregam ao trabalho tendo em vista o desenvolvimento sustentável, dando como exemplo, as vítimas das cheias que ocorreram no início do ano prestes a findar.
“Inspirando-se na sua capacidade de transformar desafios em oportunidades, o nosso povo, sob a direcção do nosso Governo, lançou-se na reconstrução das suas vidas”, disse, sublinhando que nas zonas afectadas pelas cheias as vítimas não lamentaram, tendo se lançado para a reconstrução das suas vidas.
Num outro momento, Guebuza disse que no ano prestes a findar, o país logrou muitas conquistas as quais fazem com que “o dia de hoje seja melhor que o dia de ontem e reforçam a nossa convicção de que o dia de amanhã será ainda melhor que o de hoje, com cada um de nós fazendo a sua parte”.
O Presidente da República falou igualmente da exploração de recursos naturais em Moçambique, tendo reafirmado que a sua descoberta não significa desenvolvimento em si, mas sim promessa de desenvolvimento.
Dirigindo-se particularmente aos moçambicanos residentes na diáspora, Guebuza pediu para que continuem a difundir a mensagem de que o povo moçambicano é amante da paz e quer paz.
“E acredita que é através do diálogo que as diferenças se confrontam e dela sai a faísca que nos vai fazer, de forma consensual, caminhar para vencermos a pobreza e começarmos a viver, aproveitando e usufruindo dos recursos humanos e matérias de que o país dispõe”,afirmou Guebuza.
Por seu turno, os moçambicanos residentes na diáspora disseram estar preocupados com os ataques perpetrados por homens armados da Renamo principalmente na região centro do país, que “semeiam luto e dor nas famílias moçambicanas e põem em risco todo o desenvolvimento que o país tem vindo a registar sob a sábia liderança de Vossa Excelência”.
Intervindo na ocasião, em nome de moçambicanos residentes na África do Sul, Alemanha, França, Japão, Malawi, Quénia, Reino Unido, Suazilândia, Tanzania, Zâmbia e Zimbabwe, Natalino Afonso disse que a decisão deles de procurar melhores condições de vida e de trabalho no estrangeiro não significa ruptura com o país de origem, mas sim uma oportunidade de trabalhar e dignificar Moçambique.
“As remessas que temos enviado, pequenas que sejam, são regulares e passam a contar para a família e directa ou indirectamente irrigam a economia, fazendo assim transpirar o desenvolvimento das nossas zonas de origem onde sonhamos voltar”,disse Natalino Afonso, a terminar.
Domingos Nhaúle