Redacção
O colectivo da Redacção do domingo elegeu, por unanimidade, o encontro entre o Presidente Filipe Nyusi e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, na serra da Gorongosa, província de Sofala, como o acontecimento mais importante do ano que hoje termina, porque representa um passo importante para a reconquista da paz efectiva em Moçambique.
De igual modo, na vertente económica escolheu o Banco de Moçambique como “figura do ano de 2017” em reconhecimento da implementação de políticas que conduziram à estabilização da taxa de câmbio e da inflação; e na área social são “figuras” o Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) e o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) que lançaram uma campanha nacional de produção e distribuição de carteiras. Houve uma menção honrosa ao trabalho desenvolvido pela Inspecção Nacional das Actividades Económicas, na pessoa da inspectora-geral, Rita Freitas.
Na área cultural a escolha recaiu para o cineasta Licínio Azevedo, realizador do filme “Comboio de Sal e Açúcar”, película nomeada para os Óscares.
Encontro Nyusi e Dhlakama
Quando todos se preocupavam com o balanço da visita do Presidente da República, Filipe Nyusi, à província de Manica, que terminava a 6 de Agosto no posto administrativo de Inchope, distrito de Gondola, e a comunicação social se dispersava de regresso às redacções em Maputo, Beira e Chimoio, algo ocorreu que nem sequer o faro jornalístico conseguiu detectar.
O Chefe do Estado, em vez de rumar para Chimoio ou Beira, ou mesmo para a capital do país, “perdia-se” pelos ares da região central de Moçambique para pousar na serra da Gorongosa, distrito do mesmo nome, província de Sofala, que entretanto acabava de visitar semana anterior.
Desta feita ia ter directa e pessoalmente com o líder da Renamo, segundo partido mais votado no país, Afonso Dhlakama, que ali se encontra baseado e sustentando um conflito político-militar, entretanto frenado havia nove meses, desde 26 de Dezembro de 2016.
