Início » Educação da rapariga é chave para emancipação da mulher

Educação da rapariga é chave para emancipação da mulher

Por admin

Armando Guebuza , Presidente da República, a propósito da celebração do 10º aniversario do Protocolo à Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, relativo aos Direitos da Mulher em

 África.

Investir nas mulheres resulta em benefícios sociais e económicos para ela própria, para a sua família e para a sociedade, em geral, eis a convicção do Presidente da República, Armando Guebuza, expressa, quinta-feira última , em Lilongwe, capital do Malawi, durante as celebrações do 10º aniversário da adopção do Protocolo da União Africana (UA) sobre o Direito das Mulheres.

Guebuza, que foi o primeiro presidente da região da SADC a desembarcar ( na manhã de  quinta-feira) no Aeroporto Internacional de Kamuzu, em Lilongwe, participou conjuntamente com a sua homóloga malawiana , Joyce Banda, numa mini-cimeira organizada  sob os auspícios da UA , no recinto da Golden Peacock Hotel.

De acordo com o estadista moçambicano, o exercício e usufruto pleno dos direitos humanos da mulher passam pela emancipação, um processo que deve ter o seu epicentro nos bancos da escola, razão pela qual, ao nível da SADC, reconhece-se a pertinência da educação da rapariga.

Referindo-se às motivações que estão por detrás da determinação desta organização regional em avançar com o Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento e de associá-lo à educação e formação, Guebuza referiu que isso tem a ver com o facto de “a educação da rapariga ter o condão de aumentar a eficiência e eficácia da sua participação em diferentes sectores de actividade, pois dota-a de diversos conhecimentos e habilidades”.

!Graças à educação, as mulheres aumentam a sua capacidade de decidir, de fazer escolhas e de transformá-las em acções que geram resultados que contribuem para a implementação, por exemplo, do que vem plasmado no Protocolo da SADC sobre género e desenvolvimento, que entrou em vigor em Fevereiro do ano em curso”, disse Guebuza.

Guebuza que participou no referido evento na qualidade de Presidente em exercício da SADC, isto na véspera de passar a presidência rotativa à presidente do Malawi (acto que ocorreu na manhaãde ontem), fez questão de sublinhar que “a mulher não é emancipada, ela emancipa-se, por empenho e mérito próprios, explorando as oportunidades criadas e a educação está no centro deste processo”.   

Perante uma audiência maioritariamente composta por pessoas do sexo feminino, o Chefe do Estado partilhou alguns dados estatísticos que, na sua óptica, revelam de forma insofismável que “em Moçambique se tem dado grande primazia à formação da rapariga a todos os níveis e áreas de especialização”.

É assim que, no nível primário, o número de raparigas nas escolas, em 2004, era de 45 por cento e actualmente situa-se em 48 por cento, o que representa uma subida de três pontos percentuais.

Para o ensino secundário, a cifra situava-se em 41 por cento (em 2004), tendo-se registado uma subida de sete pontos percentuais no corrente ano, ou seja, a taxa de raparigas neste nível de ensino é de 48 por cento.

Finalmente, no Ensino Superior, a população estudantil feminina, em 2004, era de 38 porcento, mas, em 2011, a mesma atingiu 39 porcento, o que significa uma subida de cerca de um porcento num espaço de sete anos.

José Sixpence , enviado a Lilongwe 

Você pode também gostar de: