O administrador de Chókwè, Alberto Libombo, garantiu que a solução para os problemas de Chókwè passa pela construção da barragem de Mapai para permitir o encaixe
das águas do Limpopo, de modo a reduzir o caudal na época chuvosa.
Também é necessário elevar a altura do dique e sua extensão ao longo do rio Limpopo, passando por Chiduchiro, Maniquinique até ao limite com o distrito de Chibuto e por fim a reparação do rombo em Machiona, no rio dos Elefantes.
Libombo é de opinião que se forem feitas essas obras, cujo montante não é do seu conhecimento, Chókwè estaria livre de catástrofes semelhantes.
O administrador prestou estas informações em Chiaquelane onde acompanhava o ponto de situação da população ali acomodada que a descreveu como estando “sob controlo”, porque conseguiram concentrar a maior parte da população no centro de Chiaquelane onde estão a ser distribuídos víveres. Segundo Libombo, a preocupação é garantir que cada família tenha pelo menos uma refeição por dia e haja água potável para todos.
Libombo reconheceu que as tendas não são suficientes para todos, mas se procuraram mecanismos de, em cada abrigo, dar-se prioridade aos mais necessitados: crianças, mães com filhos récem-nascidos e idosos.“A saúde está a realizar uma média de 10 partos por dia e nós recomendados que essas mães devem receber de forma urgente uma lona ou tenda”, explicou Libombo.
Apelou que se canalizem mais apoios, pois ainda existem pessoas necessitadas a quem se deve fornecer víveres. A maior parte destas, recusam-se a sair dos tectos das respectivas casas nas zonas inundadas de Machoe, Djojo, 25 de Setembro, Aldeia da Barragem, Chiguidela, Chiduachine, no distrito de Chókwè.
Apesar de a situação ter melhorado em algumas zonas, o Governo do distrito não recomenda o regresso imediato a Chókwè.
O director do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), João Ribeiro, falou de 60 mil pessoas que continuam no centro de acolhimento de Chiaquelane na situação de necessitados para quem se deve canalizar o apoio.
Estima-se que as pessoas permaneçam naquele ponto por mais três meses, tendo em conta a época chuvosa que vai até Março. O INGC não aconselha o regresso de ninguém para as zonas afectadas, devido a problemas no sistema de saneamento e imprevisibilidade em relação às chuvas.
Quanto às doenças, Ribeiro garantiu que a cólera está controlada, porém há focos de malária.