Um fenómeno macabro tem deixado o país em choque: mortes de cidadãos, so bretudo crianças e mulheres, associadas à extracção de órgãos humanos. O facto está a ganhar proporções alarmantes e a expor grandes desafios no que toca à segurança pública.
Os acontecimentos mencionados re ferentes à cidade de Maputo, província do mesmo nome; ao distrito de Vandúzi, em Manica, e Ile, na Zambézia, ocorridos em 2024 e um este ano, 2025 (vide a reporta gem nas páginas 4 e 5) são disso exemplo e levantam a necessidade urgente de des trinçar a raiz destes crimes, tendo em conta a diferença entre a extracção de órgãos em contextos de violência extrema e o alegado tráfico organizado que actua com fins lucra tivos. Nessa perspectiva, entendemos que a elucidação da raiz do problema deve ser uma das primeiras acções a serem desencadea das, pois se trata de uma condição prepon derante para a criação de estratégias profí cuas para sua resolução.
De qualquer modo, é incontestável a ne cessidade de adopção ou intensificação de algumas medidas de prevenção, tais como a divulgação do modus operandi dos crimino sos, que alegadamente inclui ofertas de tra balho; boleias na via pública, sobretudo no período nocturno, apenas para citar alguns exemplos. E as famílias devem assumir o pa pel fundamental, especialmente na educa ção das crianças para que se abstenham do contacto com desconhecidos. Leia mais…