A semana finda ficou, indubitavelmente, marcada pela realização, na capital do país, da primeira edição da Conferência Internacional sobre Economia Azul, evento que se enquadra no âmbito dos desafios que se colocam aos estados na implementação da Agenda 2030 sobre a conservação e uso sustentável dos mares e oceanos.
E não se tratou de uma reunião qualquer, porquanto fez sentar à mesma mesa mais de 600 pessoas oriundas de diversos pontos do mundo, entre altos dignitários de estados, especialistas, representantes de instituições financeiras internacionais e organizações não-governamentais que trabalham na área de protecção da natureza, com objectivo último de identificar mecanismos para acabar com a desordem que se assiste nos mares e oceanos.
Falar de mares e oceanos é, em abono da verdade, falar de uma importante fonte de riqueza, se se atender que os dados mais recentes indicam que a sua contribuição para o PIB mundial está na ordem de 260 biliões de dólares norte-americanos. É, portanto, uma fonte de sobrevivência para muitas famílias e estados.
Ao organizar este evento, Moçambique fez jus à sua responsabilidade no concerto das nações, responsabilidade essa que, em nossa opinião, resulta do facto de a sua economia ter uma forte relação com a costa nomeadamente através da actividade pesqueira e muito recentemente mediante a exploração de enormes jazigos de gás natural. E estamos a falar de mais de 2700 quilómetros de costa, do Rovuma ao Maputo.