Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo, o número de pessoas que morrem a cada ano vítimas de acidentes de transporte terrestre é estimado em cerca de 1,2 milhões, enquanto o número de pessoas acometidas pela totalidade de acidentes é de, aproximadamente, 50 milhões ao ano. Essas causas são responsáveis por 12 por cento do total de mortes no planeta, sendo a terceira causa mais frequente na faixa etária de um a 40 anos. Entre as causas externas de mortalidade, 25 por cento correspondem aos acidentes de transporte. As estimativas apontam uma tendência crescente desses números, que deverão aumentar em 40 por cento até 2030, caso não sejam adoptadas medidas preventivas efectivas.
O cenário é medonho. No nosso caso – onde é rara a semana que termina sem notícias de acidentes mortais – os números são igualmente assustadores. Morre-se a granel nas nossas estradas. Diversas causas já foram indicadas. Fala-se, quase sempre, de excesso de velocidade, condução sob efeito de álcool ou cansaço, ultrapassagens irregulares, manobras perigosas, etc. Quase nunca se fala das condições das estradas que, como se sabe, são, grosso modo, de má qualidade quando não pontilhadas de buracos, piso irregular, fraca sinalização, entre outros aspectos.
Os acidentes de transporte são quase sempre fatais. Contribuem largamente para isso a omissão de alguns agentes da lei diante de pequenas infracções ou na fiscalização de veículos, da imprudência e negligência de motoristas e pedestres em relação a leis e normas de segurança.