Como manda a praxe, foi lançada, semana passada, a campanha agrária 2017-2018, numa cerimónia havida num dos distritos mais produtivos da província de Maputo – Moamba. A meta para a safra que oficialmente arrancou na quarta-feira é de 3,25 milhões de toneladas de cereais, contra três milhões na campanha finda.
O nível de crescimento das colheitas que se regista, nos últimos anos, é sinal inequívoco de que os produtores agrários estão a acatar os apelos sobre a necessidade de aumentar a produção e a produtividade agrária.
Aliás, o Presidente da República, que dirigiu o evento da semana finda, voltou a falar da pertinência dos agricultores nacionais e estrangeiros que operam no país de fazerem da agricultura uma actividade de geração de riqueza para os moçambicanos, até porque se trata de uma área que pode contribuir para a redução do custo de vida, através da disponibilização de comida no mercado, baixando a inflação e estabilizando a economia.
É de reconhecer o trabalho da iniciativa do Governo com vista à flexibilização dos processos de comercialização agrícola, mas obstáculos prevalecem. A cadeia de valor continua a não fechar, para o desespero dos camponeses que depois de muito esforço empreendido não conseguem mercado para a colocação das suas colheitas.