A dinâmica social do ambiente urbano é trepi-dante e se metamorfoseia com impressionan- te voracidade, o que requer das instituições do Estado uma capacidade redobrada de an-tecipação às demandas afins, nomeadamente a expansão e prestação de serviços mais aprimorados nas áreas de Saúde, Educação, abastecimento de água e electricidade, segurança, rede de estradas, comuni-cações, no geral, entre outras.
Entretanto, o provimento destes serviços não pode e nem deve ser restrito ao território urbano porque, de outro modo, a sua ausência no meio rural vai estimular a emigração do campo para a cidade, ou seja, o chamado êxodo rural.
O nosso país assistiu vários movimentos migratórios deste tipo que foram motivados por eventos sociais e económicos, como seca, guerra e até reformas de políticas económicas que culminaram com o encerramento de postos de trabalho em grandes empresas que tinham sido estabelecidas nos distritos.
Neste quadro, as sedes distritais e capitais provinciais acolheram milhares de cidadãos com a vida talhada de sofrimento e privações, que sonhavam com dias melhores em lugares urbanos até então desconhecidos, que nem sempre oferecem o sucesso na vida de forma fácil.