“Não dês o peixe, ensina a pescar”. Este provérbio chinês resume de forma expressiva como foi o roteiro dos moçambicanos que, em mais um ano economicamente difícil, fizeram das adversidades ânimo e força para que o país não colapsasse e, mais importante ainda, não se deixasse instrumentalizar ou manipular por quem quer que fosse.
Cada um no seu posto de actividade consentiu sacrifícios para que Moçambique, que não pôde contar pelo segundo ano consecutivo com a preciosa ajuda dos Parceiros de Cooperação Internacional, encontrasse o seu compasso e modelo real de funcionamento.
O esforço feito para que o país não descambasse doeu e continuará a doer por mais alguns anos, mas teve o mérito de trazer a todos nós de volta ao chão das coisas. Deixamos de viver de forma postiça.
Foi ciente desta realidade que os moçambicanos heróica e corajosamente fizeram mais uns quantos furos nos cintos das calças mas agora que a porta de 2018 está a pouquíssimas horas de se franquear dirão, provavelmente, que valeu a pena.