O país político, e não só, vai, durante uma semana, suspender literalmente todas as suas actividades para acompanhar atentamente o XI Congresso da Frelimo que, a partir da próxima terça-feira, vai juntar perto de 3500 pessoas nas instalações da Escola Central do Partido, na província de Maputo. E é natural que as atenções estejam viradas para o conclave da Matola, afinal, é a Frelimo que lidera os destinos da nação moçambicana.
O congresso da Frelimo, o XI, vai dar luz verde à renovação de Filipe Nyusi como presidente do partido, o que implica também um aval para que este concorra para o segundo mandato, nas eleições presidenciais de 2019.
Estamos certos que esta proposta da Comissão Política do partido vai ser chancelada pelo Congresso, porque colhe consenso não apenas das principais organizações sociais, nomeadamente ACCLIN, OMM e OJM, como também de muitos militantes dos camaradas, a avaliar pela multiplicidade das moções de apoio um pouco pelo país.
Na verdade, trata-se de uma reunião que acontece num período particularmente delicado no país muito por conta da crise financeira que, sendo mundial, tem um efeito ainda mais causticante entre nós, por um lado, e, por outro, pela sempre franzina questão da paz para o país; e parece-nos que, durante esta semana, estes dois itens irão concentrar as atenções dos delegados.
Mas há um elemento curial nesta saga pela paz; chama-se Filipe Jacinto Nyusi. O Presidente da República tem tido um discurso virado essencialmente para a reconciliação e harmonia entre os moçambicanos. E as coisas não ficam apenas pelo discurso, havendo actos concretos que fazem jus às palavras do Chefe de Estado.
