Setembro é um mês revestido de grande simbologia sob ponto de vista político e histórico na nação moçambicana. A sucessão de eventos que culminou com a assinatura dos Acordos de Lusaka e encerrou, formalmente, a guerra contra a ocupação colonial em Moçambique, deu espaço ao governo de transição, acto que permitiu que os moçambicanos abrissem a sua cortina para o mundo liderando os destinos da sua pátria.
Com efeito, desafios surgiram decorrentes da necessidade de cristalizar a posse da terra, nas suas mais diversas especificidades. Nesta linha, cultuar a moçambicanidade mostrou-se indispensável, num contexto em que o povo havia sofrido influência europeia, decorrente do modus operandi do colono ao materializar diferentes fórmulas de dominação.
O facto é que as acções de Setembro de 1974 foram a confirmação de um porvir que garantia a independência do país, que veio a concretizar-se a 25 de Junho de 1975, proclamada solenemente pelo saudoso Presidente Samora Moisés Machel, dando sentido à luta de um povo que lutou pela sua autonomia e pela preservação da sua cultura, à semelhança dos seus irmãos particularmente africanos, que a seu espaço vinham trabalhando para as suas independências, tendo-se notado, década antes, uma forte onda de conquista ao nível do continente. Leia mais…