O Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) tem sido, por razões óbvias, o rosto mais visível da gestão dos processos eleitorais no nosso país. É um órgão permanente e que por isso se supõe que esteja a carburar em permanência.
É o STAE que, usando dados estatísticos fiáveis de instituições especializadas do Governo moçambicano, faz as projecções de números de cidadãos a recensear, recenseados e outros que os dados demográficos, sobretudo do Instituto Nacional de Estatística, fornecem ao Governo, a ponto de se preparar para as condições materiais e humanas necessárias hoje, amanhã e depois, quando o assunto se liga a cidadãos com idade de eleger e de serem eleitos em processos que felizmente no nosso país nunca falharam e decorrem dentro do período constitucionalmente definido.
O STAE já esteve no centro do furacão eleitoral em Moçambique, acusado, principalmente pela oposição, de ser a fábrica de desentendimentos entre partidos, no decurso ou logo a seguir a cada pleito eleitoral.
Isso foi potencial na mesma proporção das desconfianças prevalecentes que o tempo tem vindo a desvanecer conforme os partidos se vão aproximando e se conhecendo dentro da mesma tábua patriótica que os aloja, antes de pretenderem governar.