É seguramente um dos maiores projectos do nosso país que, entre portas e travessas, sobreviveu ao tempo. Passam quarenta anos que a ideia ganhou forma. Hoje, sem o brilho de outrora, a Companhia Nacional de Canto e Dança (CNCD) ainda mexe com as nossas sensibilidades. Há memórias que se recusam a desaparecer.
Criada, primeiro, com claros objectivos massificadores e promotores da unidade nacional, cedo elevou-se a patamares nunca antes vaticinados. Conquistou o mundo. Grafou nos maiores palcos internacionais o nome de Moçambique. Desenhou-se como um dos maiores produtos de exportação do nosso país.
Desde cedo, aquando da sua criação, a companhia soube promover e divulgar, nos palcos nacionais e estrangeiros, as artes cênicas, dramáticas e folclóricas moçambicanas, do Norte, Centro e Sul do país, tornando-se no maior embaixador cultural de Moçambique e um dos maiores grupos culturais de África. Aportou, para mostrar toda a nossa pujança artístico-cultural, em todos os continentes. Participou nos maiores festivais de dança do mundo e recebeu encómios em todo o lado. A sua obra é até hoje objecto de estudo em várias partes do mundo, com particular realce para “N’tsay”, que é considerada uma obra-prima da dramaturgia africana. Leia mais…