As cheias que se abateram ao longo da última semana sobre as províncias de Tete, Zambézia e Niassa fizeram já nove mortos e três desaparecidos. Só em Tete mais de 1000 pessoas ficaram sem as suas casas e bens. No Niassa 3883 pessoas ficaram desalojadas desde que começou a época chuvosa e na Zambézia 6750 estão afectadas.
Dezenas de escolas ficaram também afectadas com implicações que só daqui a anos poderemos aquilatar. São números preocupantes. É dramático o que se está a viver naquelas regiões em claro contraste com a seca que lavra na região Sul do país.
Não haja ilusões; entre todos os desastres naturais, as inundações são as que afectam o maior número de pessoas no mundo e no nosso país em particular. As cheias urbanas vêm aumentando consideravelmente no nosso país, principalmente devido ao crescimento de áreas impermeáveis, da densidade populacional e da ocupação urbana desordenada.