Nos últimos anos, o distrito de Boane tem assistido a um crescimento da zona habitacional em detrimento das áreas de pastagem, o que leva à redução do efectivo bovino. Os produtores têm
apostado em animais de pequena espécie, nomeadamente, caprinos, suínos, frangos de corte e poedeiras para ovos. O número de nados de gado bovino reduziu em cerca de 14 por cento, se comparado com o ano passado.
Segundo Carla Albino, o distrito conseguiu atrair uma empresa sul-africana dedicada à produção de pintos, para trabalhar com os produtores locais. Para completar o ciclo. Decorrem negociações com uma empresa de processamento que vai matar e congelar o frango produzido em Boane.
“Há casos em que os produtores de frango não encontram clientes para o venderem, enquanto isso o frango não pára de consumir ração, o que é uma perda. Com uma unidade de processamento, os produtores só terão que marcar o preço e entregar para o posterior abate e distribuição”, referiu Albino.
No que diz respeito à produção pecuária, a nossa fonte disse que o efectivo bovino reduziu de perto de cinco mil, em 2011, para pouco mais de quatro mil neste ano. Enquanto isso, a produção de caprinos e suínos subiu de 763 para pouco mais de mil e de 125 para 301, respectivamente. A produção de aves foi de quase dez mil no ano passado, número que reduziu para cerca de 800 em 2012.
De Janeiro a Setembro do ano passado, o distrito de Boane forneceu pouco mais de 20 toneladas de carne bovina, número que reduziu para 16 toneladas em igual período deste ano, o que representa um decréscimo em 18 por cento.
Até Setembro de 2012, o distrito já havia fornecido mais de 533 mil unidades de frango contra 412 mil fornecidas no ano passado, representando assim um incremento em 29 por cento.
O fornecimento de ovo também está em declínio. No ano passado, o distrito de Boane forneceu mais de quatro milhões de dúzias de ovos para as cidades de Maputo e Matola contra três milhões deste ano, indicando assim um decréscimo em mais de 37 por cento.