O presidente da Federação Nacional das Associações Agrárias de Moçambique (FENAGRI) e membro do Conselho Directivo da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Hernani Mussanhane, reconhece que o sector privado não tem aproveitado os memorandos de entendimento sobre trocas comercias entre os Estados à margem dos Acordos de Parcerias Económicas (APE).
Mussanhane afirmou que este sector apenas beneficia de oportunidades à luz dos acordos de parceria multilaterais de forma indirecta devido às exigências dos mercados, exportando produtos para mercados menos exigentes como Índia, Vietname, Ásia e África do Sul que, por sua vez, os processam e revendem para outros Estados. “Por exemplo, Moçambique exporta a castanha de caju para Vietname que depois reexporta para a Europa, como se fosse produto originário daquele país”, disse.
De acordo com Mussanhane, isto acontece porque muitas empresas nacionais não estão certificadas e, independentemente das isenções tributárias concedida, há padrões que devem ser cumpridos à risca.
“Para reverter o cenário, é necessário certificar as empresas, visto que poucas têm acesso aos mercados preferenciais. E, mesmo com as campanhas de promoção feitas pela Agência do Zambeze e outras entidades, as afirmas não aderem ao processo por ser caro”, disse. Leia mais…