Pelo menos 33 países asseguraram a sua presença na quinquagésima segunda edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM) que vai decorrer de 29 de Agosto a 4 de Setembro próximo em Ricatla, Marracuene, na província de Maputo. Três destes participam pela primeira vez.
A presente edição da FACIM, que vai decorrer sob o lema “Promovendo ligações económicas com potencial para as exportações”, será realizada em simultâneo com o Fórum Económico Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), por isso espera-se que o número de países que vão participar do certame chegue a 35, contra 31 do ano passado.
Ao todo, empresas e empresários dos nove países membros da CPLP garantiram a sua presença nesta edição, faltando apenas a confirmação de Angola e das estreantes Irlanda e Bielorrússia.
Países que tradicionalmente participam do certame e que apresentam o maior número de empresas estrangeiras, como são os casos da África do Sul, Zâmbia, Brasil, Alemanha e Itália, já iniciaram os trabalhos de preparação dos seus standes. Para o caso concreto daItália, que no ano passado ocupava sozinha um pavilhão, nesta edição vai ocupar apenas 50 por cento por se ver confrontada com a conjuntura económica actual marcada pela crise financeira.
“São situações normais numa feira como esta, mas também há países que depositam confiança em Moçambique, apesar da actual conjuntura política e económica. Tal é o caso dos que participam pela primeira vez”, disse Octávio Zefanias, director da FACIM.
Em relação ao número de empresas, cerca de 700 instituições estrangeiras que participam a título individual já confirmaram a sua presença e vão-se juntar às delegações dos respectivos países. Por outro lado, a nível nacional estão inscritas 3200 que vão participar a título individual, contra 2250 do ano passado.
“É verdade que este número não é o que esperávamos. Com as empresas que virão no âmbito do fórum da CPLP e as que estarão acopladas às direcções provinciais este número ainda pode crescer”, sublinhou Zefanias.
Em termos de visitantes, Octávio apontou que a organização espera receber mais de 94 mil visitantes, contra 84 mil da edição anterior e acrescentou que esta previsão leva em conta o actual cenário político, económico e social que o país está a atravessar.
Dados em nosso poder indicam que para esta edição estão a ser montadas tendas adicionais que vão totalizar cerca de 33.650 metros quadrados de área coberta, o equivalente a um acréscimo de 3650 metros quadrados. Levando em conta a área exterior que corresponde a 20 mil metros quadrados, vai totalizar cerca de 53.650 metros quadrados da área de exposição.
Em termos de programação, para além da feira propriamente dita, está prevista a realização da cerimónia do Dia do Exportador que vai consistir na premiação das empresas expositoras. Por outro lado, terão lugar as habituais sessões plenárias para discussão de temas de interesse empresarial, encontros de negócios e os seminários temáticos de promoção das actividades de negócios e investimentos que ocorrem em cada região do país.
No que se refere à participação de empresas nacionais provenientes das zonas Centro e Norte, Octávio Zefanias disse que a situação político-militar é preocupante e isso levou a que se procurassem alternativas para trazer os expositores para Maputo.
“Estamos a trabalhar com as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) para conseguirmos alguma redução de tarifas aéreas, pois recebemos solicitações de algumas direcções provinciais, como é o caso do Niassa que, mesmo assim, terá de enviar produtos por via terrestre”, disse.
Num outro desenvolvimento referiu-se às empresas parceiras do Instituto para a Promoção de Exportações (IPEX), entidade que organiza a FACIM, e disse que pela primeira vez foi firmado um plano de trabalho com a Empresa Municipal de Transporte Rodoviário de Maputo (EMTPM) que vai alocar um autocarro executivo para transportar os expositores a partir dos seus locais de hospedagem até Ricatla.
FÓRUM DA CPLP
domingo apurou que o Fórum Económico Empresarial da CPLP é uma plataforma que visa unir as empresas ligadas ao comércio, investimento, sectores petrolíferos, energéticos, agro-processamento, tecnologias, entre outros.
Este ano foi realizado um fórum similar em Timor Leste e Portugal e tem como objectivo unir a família exportadora daquela comunidade, para além da troca de experiências, promoção de parcerias inteligentes e abrir espaços para parcerias.
Refira-se que aquele organismo vai expor numa tenda exclusiva e personalizada, onde todos os países, incluindo Moçambique, estarão representados.
Angelina Mahumane
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