Os empréstimos bancários continuam longe de ser atractivas para o sector privado apesar de, nos últimos meses, se registar uma tendência decrescente das taxas de juro de referência no sistema financeiro moçambicano, conforme referem vários economistas ouvidos pela nossa Reportagem.
Segundo o Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique (BdM), o abrandamento das taxas de juro resulta da consolidação das perspectivas de inflação em um dígito a médio prazo, num contexto em que a avaliação de riscos e incertezas associados às suas projecções mantém-se favoráveis.
O CPMO tem destacado como possíveis factores de contenção da inflação, a médio prazo, a estabilidade do Metical e o impacto menos gravoso dos conflitos geo-políticos sobre a cadeia logística e preços das mercadorias no mercado internacional.
Apesar do risco sistémico que avalia o potencial efeito de contágio decorrente de perturbações no sistema bancário estar moderado, aquela entidade refere que o sector bancário nacional tem estado exposto a um crescente endividamento público.
Com efeito, a dívida pública interna, excluindo os contratos mútuos e de locação e as responsabilidades em mora, situa-se em 361,8 mil milhões de Meticais, o que representa num aumento de 49,5 mil milhões em relação a Dezembro de 2023. Leia mais…
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