A Inspecção Nacional de Actividades Económicas (INAE) é sobejamente conhecida por combater a venda de alimentos fora de prazo e confeccionados sem as mínimas condições de higiene, entretanto, muitos agentes económicos, sobretudo do ramo de restauração, insistem com esta prática.
Há dias, a INAE manifestou a sua preocupação em relação à prevalência da venda de produtos fora de prazo nos estabelecimentos do ramo de hotelaria e turismo, facto que, segundo o director nacional das Operações do INAE, Aly Mussa, já deveria ter sido ultrapassado.
Falando durante um encontro sobre higiene e segurança alimentar, organizado pelo Instituto Nacional de Turismo (INATUR) e que contou com a presença de representantes de hotéis, restaurantes e bares de Maputo, Aly Mussa disse que o nível de higiene alimentar para a indústria hoteleira e de restauração do país ainda não é bom.
Segundo ele, “o excelente ainda não chegou, por isso estamos a levar a cabo acções inspectivas com o intuito de salvaguardar a saúde pública”. Explicou ainda que a fiscalização visa reduzir riscos que possam prejudicar o consumidor resultante da utilização anormal de um produto ou acesso aos serviços.Referiu que o primeiro cuidado deve partir do produtor que deve rotular o produto e colocar todas as informações sobre o mesmo. O segundo está ao nível da INAE, que se vai ocupar de verificar a qualidade, peso e quantidade, rótulo, prazo de validade, arrumação dos produtos no estabelecimento, as condições de transporte, conservação, entre outros.
“O controlo feito pela INAE é para garantir a segurança alimentar a partir da machamba até a mesa. Este acto visa identificar e prevenir perigos ou riscos que possam colocar em causa a saúde pública”.
Texto de Idnórcio Muchanga