TEXTO DE ANGELINA MAHUMANE
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FOTOS DE CARLOS UQUEIO
O Primeiro-ministro, Adriano Maleiane, considera que o actual modelo de financiamento da economia nacional é insustentável porque depende maioritariamente do Investimento Directo Estrangeiro (IDE) que actualmente ronda os 78 por cento e a sua manutenção neste patamar é altamente imprevisível.
A título de exemplo, indicou que em 2015 o IDE foi de quase quatro mil milhões de dólares americanos, entretanto, esta cifra decresceu nos anos seguintes, tendo revertido- se em 2021, altura em que chegou ao pico de mais de cinco milhões de dólares. Já em 2022 não alcançou os dois mil milhões de dólares.
Durante o mesmo período, o Apoio Directo ao Orçamento variou de ano para ano. Em 2015, foi de 872,9 milhões de dólares, em 2021 foi de apenas 350 milhões de dólares e no ano passado subiu para pouco mais de 709 milhões de dólares.
Para o Primeiro-ministro, que falava para estudantes de Economia de diferentes universidades baseadas em Maputo, a reversão desta situação, tendo em conta que Moçambique tem pouco mais de 43 mil empresas entre pequenas e grandes, depende da criação de mais empresas nacionais que poderão ajudar no financiamento à economia e gerar novas oportunidades de emprego.
Na ocasião, destacou que “estou à espera que vocês que hoje estão a estudar possam vir a ser os patrões no futuro e uma das formas de concretizar isto é precisamente unir, em sociedade, diversas pessoas de diferentes ramos do saber e ir ao Governo para saber que tipo de apoio dispõe para este tipo de ‘venture’”. Leia mais…