A insegurança que assola a província de Cabo Delgado é vista pelos empresários que operam na zona Norte do país como um empecilho para o desenvolvimento dos sectores industrial, energético, incluindo os de hidrocarbonetos e turismo.
Os agentes económicos nacionais que participaram da Cimeira de Energia e Indústria, realizada em Maputo, na semana finda, referiram que a situação se agravou com as investidas feita pelos terroristas à vila sede do distrito de Palma e áreas adjacentes, o que culminou com a suspensão por tempo indeterminado das actividades da multinacional francesa Total, resultando no encerramento desta companhia e de todas as outras que lhe forneciam bens e serviços.
Para além da questão de insegurança, disseram que persistem constrangimentos relacionados com a qualidade das vias de acesso para facilitar o escoamento da produção, víveres, equipamentos, entre outros.
Acrescentaram que também encontram dificuldades no acesso à energia eléctrica que ainda não chega a alguns locais de exploração ou, quando chega, não tem a necessária qualidade e fiabilidade para a segurança das operações.
A título de exemplo, Agnaldo Laice, director-geral da Syrah Resources, um dos maiores desafios que existem ao nível da província é a insegurança, pois a instabilidade tem causado diversos problemas. “Neste momento ninguém se sente seguro. Só com os incidentes ocorridos nas últimas semanas o preço das nossas acções na Bolsa de Valores caiu em cerca de 20 por cento”, disse.
No seu entender, o país precisa resolver um conjunto de problemas básicos para que a indústria mineira possa desenvolver, indicando o caso das estradas que não se apresentam em condições de transitabilidade. Leia mais…
Texto de Angelina Mahumane e Idnórcio Muchanga
Fotos de Mariano Silva