Moçambique precisa de investir na construção de centros de armazenamento e conservação de alimentos em frio para garantir o abastecimento pleno dos mercados num período de oito meses e evitar que em momentos adversos haja escassez de produtos de primeira necessidade.
Esta tese foi defendida pelo economista Elcídio Bachita, em entrevista ao domingo a propósito das manifestações pós-eleitorais que têm estado a afectar negativamente o sector logístico, responsável pela produção e distribuição de mercadoria aos mercados.
As restrições na circulação de pessoas e bens um pouco por todo o país, com destaque para o posto fronteiriço de Ressano Garcia, local de entrada de mercadoria importada da vizinha África do Sul, fizeram com que o mercado nacional registasse escassez de alguns produtos e consequente aumento de preços.
Situações destas, segundo Elcídio Bachita, acontecem porque o país importa pequena quantidade de alimentos para suprir as necessidades domésticas num período de dois meses. “Isto merece alguma reflexão das autoridades porque se o país tivesse importadores com um capital robusto poderiam investir na construção de armazéns- -frigoríficos para a conservação de grandes toneladas de alimentos, evitando a escassez de produtos nos mercados em épocas de crise”, explicou. Leia mais…