Início » Oportunidade para trocar importações por exportações

Oportunidade para trocar importações por exportações

Por admin

–Salimo Abdula, presidente da CE-CPLP, a propósito da 52.ª edição da FACIM

O presidente da Confederação Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), Salimo Abdula, afirma que a 52.ª Edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), que abre as portas amanhã, vai ser uma excelente oportunidade para demonstrar ao mundo que Moçambique pretende substituir as importações por exportações.

Salimo Abdula garante que com a FACIM o país encontra mais uma oportunidade para receber novas tecnologias dos vários quadrantes do planeta, mas sobretudo exibir os recursos disponíveis que, sustentavelmente explorados, trabalhados e transformados, poderão gerar emprego e crescimento económico.

Por tudo isso, o presidente da CE-CPLP disse esperar por uma forte participação dos membros desta agremiação, com particular destaque para as delegações de Angola, Portugal e Brasil, vêm em peso, e uma delegação menor de Cabo Verde que, doravante, pretendem apostar mais nesta tradicional feira, que acontece uma vez por ano na capital do país.

Prova disso é o pavilhão que será erguido pela União de Exportadores da CE- CPLP, onde vão ocorrer os encontros bito-bis entre os países desta comunidade e outros que queiram investir num dos nove países.

No pavilhão teremos uma sala temática por país. Quem quiser informações sobre cada um dos nossos países membros estaremos em condições de fornecer”, disse, para, de seguida, acrescentar que no pavilhão estarão activos os institutos de Formação e de Certificação da CE-CPLP para fazer o link na componente formação dentro do espaço lusófono.

O nosso objectivo com o Instituto de Certificação é ajudar a unir os negócios que possam sair da FACIM e vão precisar no futuro de produzir e exportar, mas para o efeito terão de estar certificados. Depois pretendemos que os empresários que queiram entrar no esquema de exportação possam ser acompanhados por um produto certificado para mais facilmente penetrar, por exemplo, no espaço europeu e outros. É este ciclo que a Confederação Empresarial tem vindo a organizar através dos seus órgãos e vão estar presentes na FACIM para explicar e ajudar a estabelecer uma rede. Acreditamos também que estas ferramentas serão mais-valia para a recém-criada Federação das Mulheres Empresárias da CPLP”.

Segundo Salimo, a Federação das Mulheres Empresárias tem como um dos grandes objectivos ligar as mulheres, na maioria dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP), que operam nas micros e pequenas empresas do sector informal.

Sentimos que há necessidade de fazer um trabalho social de forma a converter esta grande energia positiva das nossas economias de forma mais formada, mais elaborada e trazer as mulheres do sector informal para o sector mais formal e aqui, para além daquilo que se possa considerar como responsabilidade social, é também um factor económico potencial para a nossa comunidade”, disse.

Dissertando ainda sobre a FACIM, disse que este é um palco importante e privilegiado para contrariar as informações negativas sobre o país e que podem provocar danos severos na imagem, na sociedade e na economia moçambicana.

Sendo membros da CE-CPLP, não quiseram perder esta oportunidade de estar presentes, primeiro porque a liderança está nas mãos de um moçambicano, e, segundo, de entre os noves países da CPLP, Moçambique é o que tem mais recursos naturais, humanos e geoestratégicos. A nossa grande expectativa é ver o nosso país a dar um cheirinho das suas potencialidades aos 33 países que vão participar de modo que possam levar uma imagem real de Moçambique, apesar da tensão militar que claramente não é vontade dos moçambicanos vivenciar esta situação”.

FAZER NEGÓCIOS

EM PORTUGUÊS

Para o presidente da Confederação Empresarial fazer negócios em português não é somente um slogan, mas também capital porque a língua, a comunicação, segundo o resultado de vários estudos publicados, representa um custo de cerca de 17 por cento na transacção das Pequenas e Médias Empresas (PME).

Sem desprezarmos outras oportunidades de outros países que se expressam em outras línguas devemos abraçar este mercado porque fazer negócios na língua que falamos é muito mais fácil e célere”, observou.

Acrescentou que a CE-CPLP criou recentemente um núcleo dos PALOP cuja coordenação coube a Angola e fará em Maputo a primeira reunião para delinear internamente aquilo que será a estratégia de contributo na grande esfera CPLP.

Dissertando sobre a longevidade da FACIM, que tem 52 anos de actividade, o presidente da CE-CPLP entende que o seu potencial ainda não está explorado no seu todo e que para atingir exploração máxima, “mais do que a vontade dos organizadores, do país e dos empresários, é necessário profissionalizar e investir na FACIM para que seja uma instituição dotada de meios humanos, organizativos e materiais para que de facto a nossa feira possa ser um símbolo mundial daquilo que é a imagem de Moçambique”.

Sublinhou que “temos estado a crescer, mas há que dar mais atenção e não é só à FACIM. Neste momento, Moçambique tem de apostar naquilo que são os spots das instituições públicas e privadas que não podem aparecer no mundo a vender aquilo que ainda não temos organizado. Temos de embalar o nosso produto e já há sinais nesse sentido. Moçambique está condenado a triunfar. Por exemplo, a agro-indústria e turismo são motores para o nosso desenvolvimento, porque vão gerar emprego em qualidade e quantidade”.

 

Você pode também gostar de:

Propriedade da Sociedade do Notícias, SA

Direcção, Redacção e Oficinas Rua Joe Slovo, 55 • C. Postal 327

Capa da semana