A OLAM, empresa que opera no ramo agro-alimentar, está em vias de lançar uma marca nacional de arroz que será adquirida junto de produtores do sector familiar para ser colocada no mercado a partir do próximo ano. Presentemente, decorrem contactos com várias entidades, incluindo associações de produtores, para assegurar que o fornecimento do cereal seja consistente.
Moçambique importa anualmente perto de 350 mil toneladas de arroz para fazer face ao défice de produção local que é estimado em cerca de 230 mil toneladas. E não é por falta de condições agrárias e climáticas, pois o país possui 900 mil hectares adequados para a produção desta cultura.
Entretanto, apenas 300 mil hectares são explorados para este fim, maioritariamente pelo sector familiar que ainda se depara com dificuldades técnicas para o aumento da produtividade, acesso ao financiamento, titularidade de posse da terra, disponibilidade de semente de qualidade, entre outros factores que influenciam o custo de produção e o tornam bastante alto.
Com uma quota de mercado de importação de arroz estimada em 80 por cento, a OLAM anunciou há dias que pretende passar a estimular os pequenos produtores moçambicanos constituindo um mercado interno, onde o produto será colocado à disposição dos consumidores já fortificado com as vitaminas A e D, e em embalagens apropriadas.
“O importante agora é assegurar que os camponeses sejam capazes de produzir o suficiente para conseguirmos reunir os volumes necessários para que o fornecimento seja consistente”, disse Cláudia Manjate, directora de Relações Públicas e Corporativas da OLAM.