A juíza do Tribunal Distrital de Matutuine, Ludovina da Conceição Mário, ordenou ontem o encerramento, por 30 dias, de todas as casas de praia em disputa no “resort” Baleia a Vista, devido ao agravamento do clima de tensão entre um grupo de 50 investidores sul-africanos, representados por Riaan Swart e Arnold Coleske, e o moçambicano José Luís Timba. A situação agudizou-se na tarde desta sexta-feira em virtude de uma tentativa de arrendamento temporário das casas por parte de José Luís Timba, contrariando uma providência cautelar datada de 6 de Setembro, exarada pelo tribunal.
Conforme apurámos, o fecho das casas visa permitir que o tribunal realize um inventário dos móveis neles contidos, uma vez que se constatou que vários bens terão sido retirados indevidamente, incluindo electrodomésticos, sofás, camas, loiça diversa, quadros de parede para, ao que tudo indica, uma das casas geridas por José Timba e um cidadão sul-africano conhecido por Tyrol Dunn Taylor.
Conforme apurámos, o passo seguinte será a retirada dos bens restantes e a consequente entrega aos respectivos proprietários, enquanto se aguarda pelos desfechos dos processos actualmente em curso. Esta decisão foi tomada depois de a juíza Ludovina ter despachado a sua escrivã para a Ponta do Ouro, na noite de sexta-feira, para ir fazer valer a providência cautelar por si proferida, a qual indica que as casas pertencem a José Luís Timba, mas os móveis e demais apetrechos neles contidos são dos investidores sul-africanos. Leia mais…
Texto de Jorge Rungo
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