Às margens do rio Mulaúze, o chão fértil do foral da cidade de Maputo sustenta centenas de pequenos e médios agricultores que produzem hortí colas que abastecem as grandes superfícies, mercados, pequenas bancas de esquina até chegar aos pratos de milhares de famílias ur banas.
No entanto, por detrás dos canteiros verdes, esconde-se uma realidade de sacrifício, resiliência e sentimento de abandono dos camponeses em relação às instituições, com destaque para o Ministério da Agricultura, Am biente e Pescas, entidade da qual afirmam que gostariam de receber apoio, sobretudo sementes por serem caras. Naquele imenso vale, domingo conversou com agricultores que ali praticam a sua actividade para compreender as suas histórias, os obstáculos que enfrentam no dia-a-dia e as estratégias que desenvolvem para continuar a produzir, mesmo em condições adversas.
Uma das agricultoras que retrata esse contraste é Marisa Keco, de 42 anos, licenciada em Administração Pública pela Uni versidade Eduardo Mondlane (UEM) e que enveredou por este caminho quando se viu desem pregada desde 2017, mesmo de pois da formação. Leia mais…
