Moçambique tem as portas escancaradas para exportar o que quiser para a Índia, sem pagar tarifas, menos álcool e tabaco. Mas tudo o que vai daqui para aquele país asiático é algodão, castanha de caju e feijão bóer quando, só no domínio dos feijões, os indianos estão a espera de cinco variedades que se produzem por aqui.
Em entrevista ao nosso jornal, o embaixador da Índia, Rudra Gaurav Shrest, até brinca com o assunto afirmando que “somos muitos na Índia e precisamos de mais tipos de feijão, mas Moçambique só nos manda feijão bóer”.
Note-se que Moçambique é o maior receptor do investimento indiano no continente africano com uma cifra acima de sete biliões de dólares, equivalentes a cerca de 25 por cento de dinheiro que aquele país asiático aplica em África.
Texto: Jorge Rungo e Angelina Mahumane