A empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) investiu cerca de 930,5 milhões de Dólares norte-americanos, nos últimos quatro anos, para a construção e melhoramento das infra-estruturas ferro-portuárias.
No sector ferroviário, a empresa desembolsou 485,5 milhões de Dólares, dos quais 262,1 canalizados para o melhoramento das linhas-férreas e 223,4 na aquisição de material circulante (locomotivas e vagões).
Fez-se também investimentos no sector portuário na ordem dos 425 milhões de Dólares, dos quais 364,8 foram destinados para a construção de infra- -estruturas portuárias e 60,2 na dragagem e equipamentos. A empresa investiu igualmente 20 milhões na área de formação e tecnologia de informação.
Em relação aos desafios, na região Sul, a empresa apontou para a consolidação dos sistemas de gestão integrada das operações ferro-portuárias, para os acordos de nível de serviço entre os operadores, a modernização de sistemas de sinalização e comunicações, a implementação de comboios directos de e para a África do Sul, Zimbabwe e Eswatini e o alinhamento e optimização estratégica do Porto Seco em Ressano Garcia.
Para a zona Centro, regista-se desafios na finalização dos acordos com o Zimbabwe para a reabilitação de infra- -estruturas e implementação de comboios directos, construção e operação de portos secos em parceria com o sector privado (DBOOT) e aumento da capacidade do terminal de combustíveis do Porto da Beira.
No Norte destaca-se a intensificação do marketing conjunto (porto e ferrovia) junto do Malawi para o aumento de volumes, capacidade de armazenagem do Porto de Nacala para a carga em trânsito, consolidação dos sistemas integrados de gestão portuária e desenvolvimento de parcerias para o conteúdo local na logística de petróleo e gás.