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Inspecção sem meios para vigiar actividade mineira

Por Idnórcio Muchanga

O caminho para assegurar que os recursos minerais sejam explorados de forma legal e sustentável continua longo e sinuoso. A Inspecção Geral de Recursos Minerais (IGRM), entidade que deve vigiar a todos os que operam no ramo, não tem orçamento próprio, só tem três (3) viaturas e menos de 80 inspectores  em todo o país.

Ninguém sabe quanto o país perde com a exploração ilegal de ouro, ruby, turmalinas, tantalite, entre outras gemas e metais preciosos porque a instituição a quem compete fazer com que os operadores sigam as melhores práticas e não haja ilegalidades está despida de condições de trabalho.

Para vigiar o vasto território nacional, a IGRM conta com apenas três viaturas conseguidas por via do Projecto de Assistência Técnica para a Actividade Mineira e Gás Natural em Moçambique (MAGTAP) que funcionou sob a égide do Banco Mundial.

Um dos carros foi alocada à província de Manica, o outro está a palmilhar as províncias de Maputo, Gaza e Inhambane e a terceira faz aquilo a que a IGRM entendeu chamar de compensação, o equivalente a dizer carro de reserva para situações de contingência.

É interessante notar que as províncias de Nampula, Cabo Delgado, Tete, Sofala, Niassa e Zambézia, onde o garimpo acontece de forma desenvergonhada, aguardam por melhor oportunidade para terem viaturas dedicadas em exclusivo à inspecção.

Apurámos que a expectativa da IGRM é de chegar a algum entendimento com  a Agência de Desenvolvimento do Vale do Zambeze para que esta arranje fundos para a compra de alguns carros com os quais se fará a vigilância na região Centro e, quiçá, no Norte.

Texto de Jorge Rungo
jorge.rungo@snoticias.co.mz

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