A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE), delegação da cidade de Maputo, em coordenação com a Polícia da República de Moçambique (PRM) e o Conselho Municipal de Maputo, incinerou, na última sexta-feira, na lixeira de Hulene, em Maputo, 103 máquinas de jogos de fortuna e azar, vulgarmente chamadas de “xindonde”.
Estas máquinas foram recolhidas em diversos estabelecimentos comerciais, casas e ruas dos bairros dos distritos municipais KaMaxaqueni, KaMavota, KaMubukwana e Lhamankulu. Estas tinham um valor total de 80 mil Meticais que foram convertidos a favor do Estado.
Não houve quaisquer sanções, apenas acções de sensibilização dos detentores e usuários deste tipo de equipamento para alertá-los sobre os riscos destas acções. Esta foi a primeira acção da INAE de recolha e destruição deste tipo de máquinas.
Joaquim Langa, chefe das Operações de Educação, Cultura e Desporto no INAE, conta que esta acção foi possível porque a instituição recebeu denúncias de pais e encarregados de educação e da sociedade em geral, cujos filhos estavam metidos nas jogatinas.
A preocupação é que muitos deles acabam viciados e furtam ou desviam dinheiro dos pais. “Entendemos que estes equipamentos representam um desvio de comportamento e constituem um atentado à saúde psíquica destas crianças.
Além disso, o uso delas é ilegal. Somente casinos têm o direito de usar estas máquinas”, disse. Langa acrescentou que há dificuldades em evitar que este tipo de equipamento chegue ao território nacional, pois entram em peças através de fornecedor chinês. Posteriormente são montadas em algum lugar desconhecido pelas autoridades, depois disso são distribuídas pelos bairros.