Gaza atingiu, no último semestre, um nível destacável de produção global, contribuindo com um grau de receitas que prestigia a província nos níveis gerais da balança de pagamentos, apesar dos constrangimentos
climatéricos caracterizados por queda irregular de chuvas e dos efeitos das cheias registadas no início deste ano.
Em termos físicos, a produção foi de pouco mais de dois milhões e trezentos mil toneladas de alimentos diversos, cujos contribuintes destacados foram os sectores da agricultura, produção animal e sevicultura, seguindo-se o do comércio, turismo, da pesca, indústria manufactureira, electricidade e do abastecimento de água.
Num breve balanço feito semana passada durante a sessão de observatório, o governador, Raimundo Diomba, considerou bastante positivo o nível de crescimento da província, mercê dos esforços que são feitos e de forma conjunta no combate à pobreza absoluta no país e, em particular, naquela parcela do país.
O evento serviu para fazer a radiografia do estágio do desenvolvimento social e económico da província, tendo envolvido também diferentes sectores parceiros daquele ponto do país.
Este valor produtivo da província de Gaza, do ponto de vista monetário, significou uma arrecadação de perto de 20 milhões de meticais, um valor acrescido em pouco mais de 43 por cento, comparado com os índices alcançados no primeiro semestre do ano passado. Para este sucesso, contribuíram bastante os distritos Mandlakadzi, com 576 toneladas, de Bilene com 452, Chibuto com 410, Chókwè com 216, Xai-Xai com 200, Guijá com 145 e os restantes distritos, com níveis abaixo de 100 toneladas.
Esclareça-se que os distritos abaixo dos índices de produção são os que se situam na zona norte da província, regularmente caracterizados por secas cíclicas e quedas irregulares de chuvas.
Segundo apurou o domingo, dos tipos de produção alimentar que contribuíram para o êxito figura a produção da castanha de caju, que foi de cerca de dez toneladas; para a alimentação destacam-se a mandioca, a batata-doce, o milho, feijão-nhemba e abóbora, enquanto para a produção industrial Gaza revelou-se na produção de tomate.
A nível da pecuária produziu-se mais de setecentas toneladas de carne diversa com referência para a carne bovina em perto de 60 toneladas; de frango, perto de 50 toneladas, bem como a produção de leite e de ovos, isso a nível do sector empresarial. No sector familiar, de acordo com os indicadores, a carne bovina destacou-se a par de pequenos ruminantes, frango e ovos.
Enquanto isso, investimentos feitos nos últimos tempos no sector pesqueiro trazem resultados animadores se se considerar o potencial do litoral e de recursos lacustres que a província possui.
A produção de peixe liderou no semestre passado os índices desejáveis em perto de três toneladas, seguindo-se em menor escala a captura de camarão, caranguejo e da lagosta, que precisam ainda de um maior investimento para se atingir níveis desejáveis.
Portanto, este sector contribuiu no primeiro semestre passado com pouco mais de 100 milhões de meticais, com maior enfoque produtivo verificado nos distritos de Massingir, Xai-Xai, Mandlakadzi, Chibuto, Bilene e Chókwè. Embora Gaza enfrente sérios problemas de transitabilidade que garanta eficiente comercialização de produtos, os níveis de crescimento neste sector também se revelaram melhores na medida em que se permitiu um crescimento assinalável de acções de comercialização.
Realce-se que a comercialização de produtos agropecuários alcançou perto de sete milhões de meticais, com enfoque para Xai-Xai, Bilene, Guijá, Chókwè, Mabalane, Massingir, Chigubo, Massangena e Chicualacuala. No valor de produção comercial, a referência vai para a comercialização de carne suína, pequenos ruminantes, ovos e leite nos sectores familiar e empresarial. Já na agricultura, a comercialização foi motivada pelas culturas de mandioca, feijão manteiga e nhemba bem como de milho.