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ESCASSEZ DE DIVISAS EM MOÇAMBIQUE: Indisponibilidade ou problema de acesso?

Por Jornal domingo

TEXTO DE EGAS DANIEL E ALFREDO MONDLANE, ECONOMISTAS DA AMECON

A escassez de divisas no mercado moçambicano tem sido uma preocupação crescente, especialmente desde meados de 2023, quando o Banco de Moçambique (BdM) suspendeu a provisão de divisas para as importações de combustíveis.

Essa medida teria intensificado a “disputa” por divisas, anteriormente destinadas a outras importações essenciais, como alimentos e medicamentos, complicando ainda mais o quadro de escassez. Com os bancos comerciais obrigados a “se virar” para encontrar as divisas necessárias ao pagamento das facturas de combustíveis, o problema tornou-se mais evidente.

No entanto, o BdM, que detém a responsabilidade pela gestão do mercado cambial, sustenta que o mercado continua estável e líquido, com indicadores como as receitas de exportação e os níveis de conversão a apontar para uma situação controlada. A questão que se coloca é: quem tem razão, o regulador ou as empresas? E qual é o papel da banca comercial neste cenário?

ESTATÍSTICAS RECENTES SOBRE DIVISAS

Discutir a escassez de divisas sem considerar a fonte primária dessas divisas – exportações e importações – seria incompleto. Nos últimos 12 meses, a análise das estatísticas de comércio externo de Moçambique revela relativa estabilidade, embora a média de importações, que foi de 755,79 milhões de Dólares, tenha superado a de exportações, que se situaram em 699,69 milhões de Dólares, uma vez que este desequilíbrio é compensado pelo Investimento Directo Estrangeiro (IDE). Leia mais…

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