Vários agentes económicos vindos de diferentes partes do mundo como Estados Unidos da América, Arábia Saudita, entre outras, reúnem no próximo mês de Abril, em Maputo, para discutirem a
nova ordem financeira mundial. Consta que o encontro que será realizado sob a égide da Islamic American Bank Association (IABA) e terá como objectivo definir novas formas para aquisição de créditos para o crescimento de diferentes projectos nos países em vias de desenvolvimento. No final, será lançada a Banca Islâmica Americana (IBA).
Dados em nosso poder indicam que a reunião vai decorrer na cidade de Maputo e poderá servir de oportunidade para a discussão de novos mecanismos de acesso a fontes de financiamento, bem como de modelos de partilha de lucros resultantes dos projectos em execução nestes países.
Fontes ligadas à organização do evento afiançam que a ideia de levar estes temas a debate surge na sequência de estudos recentes que indicam que o crescimento económico duma determinada região não depende apenas de juros cobrados em operações financeiras. Aliás, tais estudos demostram que economias “agarradas” aos juros são vulneráveis a vários conflitos financeiros, quando a de partilha de lucros é segura, visto que se trata da partilha dos ganhos anuais ou do tempo acordado entre as partes.
O líder do Bloco da Oposição Construtiva, Yaqub Sibindy, promotor desta iniciativa sublinha que o sector financeiro islâmico é considerado como aquele que apresenta um crescimento rápido por apostar mais na captação de depósitos do que na promoção do endividamento generalizado.
Por entender que este modelo financeiro parece apropriado para o país, Sibindy terá contactado várias entidades, incluído a IABA que se prontificou a patrocinar a realização do encontro em solo moçambicano.
“Pretendemos com esta conferência, juntar americanos, que são detentores de tecnologias, e Árabes, que possuem dinheiro, para podermos ter formas de explorar e processar os recursos que temos, disse.
Para Iaqub Sibindy, com a entrada em funcionamento de novas agências no país, o peso do metical poderá ser fortificado e os investidores nacionais poderão ter acesso fácil aos fundos e, por essa via, estarão habilitados a investir e gerar postos de trabalho e renda para economia local.
“Gostaríamos que fosse possível catalizar o fortalecimento da moeda nacional através da exploração de recursos como o carvão, gás, e de outros recursos naturais para, de forma sucessiva, atacarmos o desenvolvimento da agricultura, transportes, comércio e infra-estruturas em todo o território nacional”, sublinhou.
No quadro dos contactos que Sibindy diz possuir ao nível do mundo árabe, recordou que por volta de 2011tinha identificado um parceiro que prometera oferecer petróleo ao país a um preço bonificado. “Trata-se de parceiros árabes interessados ajudar o país a reduzir o peso da factura do petróleo e esta proposta já foi submetida ao Ministério de Energia, que dialogou com aqueles grupos no ano passado. Mas tudo depende do aval do Governo para se operacionalizar estas iniciativas, disse.