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DEVIDO ÀS MANIFESTAÇÕES: Economia caminha para a incerteza

Por Angelina Mahumane

As manifestações pós-eleitorais estão a gerar uma paralisação da actividade económica e só nos primeiros dez dias, estima-se que as perdas tenham ultrapassado 24,8 mil milhões de meticais, o que representa 2,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), segundo avançou a Confederação das Associações Económicas (CTA).

Entre os sectores mais prejudicados, a CTA destaca o comércio, restauração, logística e transporte de pessoas e bens, e acrescenta que estas perdas colocam em risco o alcance da meta de crescimento económico de 5,5 por cento previsto para este ano.

Aliás, até então foram afectadas cerca de 151 unidades empresariais em todo o país, sendo 80 por cento na cidade e província de Maputo, com um custo estimado de 45,5 milhões de dólares e colocando em risco mais de 1200 postos de emprego.

O economista Alfredo Mondlane explicou que a cidade e província de Maputo são altamente dependentes do comércio externo, sobretudo com a África do Sul, por isso com o bloqueio das fronteiras e a insegurança que se assiste em algumas vias tornou-se difícil o abastecimento destas regiões.

“Num primeiro momento, quando as manifestações foram anunciadas, as famílias procuraram aumentar as suas reservas em víveres. Por isso, houve uma demanda ligeiramente alta por alimentos num momento em que não se conseguia abastecer ao mesmo nível. Isso teve um impacto directo no preço de bens e serviços que, depois, pode levar a um aumento da inflação”, explicou. Leia mais…

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