A Associação Moçambicana de Economistas (AMECON) Manifesta a sua profunda preocupação com os potenciais riscos económicos,
financeiros e à segurança pública e privada dos cidadãos no país, em resultado das manifestações, tendo em conta às duas últimas paralisações
convocadas pelo candidato presidencial suportado pelo PODEMOS.
Perante este quadro, e em defesa do Estado de Direito Democrático, está colectividade convidou actores
políticos a conformarem a sua actuação com estrita base na Lei, e apelou para que qualquer diferendo político-eleitoral seja resolvido em estrito respeito à
Constituição da República e demais Leis sobre o contencioso eleitoral.
Em comunicado partilhado com a Imprens, a AMECON diz condenar “com veemência” os discursos que incitam à violência e promoção do ódio, bem como o convite para a realização de manifestações defronte de
instituições públicas, facto que poderá ser gerador de violência entre os manifestantes e as forças da ordem e segurança, bem como gerar uma ruptura do tecido social irreparável a médio prazo”.
Adiante, alerta que as manifestações poderão degradar ainda mais o frágil tecido económico nacional, piorando cada vez mais a qualidade de vida das populações, principalmente àquelas que dependem do comércio informal para a provisão de bens essenciais para o consumo diário.
Por causa disso, convida os actores políticos a colocarem os interesses colectivos acima dos individuais, pensando não só nas pessoas que vivem do que vendem no seu dia
a dia, algumas das quais, dependendo de pequenos empréstimos para realizar as suas actividades económicas, como também na indispensabilidade da manutenção das estruturas de funcionamento do Estado, que determinam e
constituem o fundamento para os processos políticos.