Moçambique foi destacado na feira “Africa’s Travel Indaba”,edição 2018, realizada recentemente na África do Sul, como o terceiro país mais procurado por turistas, depois do Quénia e Botswana, como resultado da redução dos custos e a flexibilização da emissão de visto de fronteira, além disso, a entrada de novas companhias aéreas.
Estes dados foram avançados pelo secretário permanente do Ministério da Cultura e Turismo, Domingos Artur, durante as cerimónias de comemoração do Dia Internacional de Turismo que se assinalou no passado dia 27 de Setembro, em Maputo, onde foram exibidos vídeos sobre a atractividade turística, exposições e actividades culturais.
Entretanto, a grande demanda por informações sobre Moçambique continua a não ser acompanhada por viagens efectivas dos turistas, facto que levou o Governo a solicitar a ajuda de uma empresa sul-africana com tarimba em pesquisas turísticas para ajudar a compreender o fenómeno.
Assim sendo, Andrew Hedley, director-geral do “amadeus”, uma empresa online sul-africana dedicada à pesquisa e reservas dos operadores turísticos para vários países, falou sobre o que tem sido constatado por via desta plataforma electrónica.
Hedley disse que a África do Sul, Estados Unidos de América (EUA), Espanhae Lisboa têm procurado na plataforma do “amadeus” informações sobre os serviços hoteleiros prestados em Moçambique para poderem se deslocar ao país e, consequentemente, verificou-se um pico de reservas nos meses de Agosto, Julho e Setembro deste ano.
“Os números mostram-nos que com a excepção da África de Sul, os turistas da zona do hemisfério Norte procuram informações sobre Moçambique no seu período de férias que coincide com a época de verão no país”, disse.
Sublinhou que há casos em que a procura de informações sobre Moçambique não se traduz em visitas práticas, mas reforçou que entre os países africanos, Moçambique é que tem mais pesquisas de pessoas que procuram se inteirar dos serviços praticados pela indústria hoteleira, transporte, entre outros sectores, para cá virem.
“Mas para o nosso espanto é que o número de pesquisa não se traduz nas reservas, isto é, há maior número de pessoas que pesquisam sobre Moçambique mas são poucos os que depois fazem as reservas para virem. No entanto, ainda não se sabe o porquê deste fenómeno”.
Por esta razão, disse que as indústrias hoteleiras, o Governo, o sector privado e as principais partes interessadas devem em conjunto estudar estratégias que possam converter este cenário e poder transformar os interesses em visitas práticas, porque, segundo Hedley, não se justifica esta discrepância de dados.