TEXTO DE LUÍSA JORGE, EM DUBAI
Moçambique destacou- se na Vigésima Oitava Conferência da Cúpula da Acção Climática, COP28, pelos avanços e posição de liderança a nível regional na gestão de calamidades e utilização dos sistemas nacionais de aviso prévio, tendo beneficiado de 7,5 milhões de dólares para melhorar o funcionamento do seu sistema nacional de combate às mudanças climáticas.
Neste âmbito, o Chefe de Estado moçambicano, Filipe Jacinto Nyusi, fez referência ao desafio imposto pela Cúpula Mundial do Clima no que diz respeito à transição energética dos países e mostrou que, apesar de sofrer as consequências das mudanças climáticas, o país tem a sua atenção para as energias renováveis.
Recordou aos presentes que mais de 75 por cento da energia consumida no país é hídrica, o que significa que é limpa e renovável, sendo quase um terço proveniente de centrais térmicas. Na sua óptica, este facto comprova que as emissões de carbono por combustíveis fósseis é insignificante e sem impacto nos padrões de alteração climática.
Dada a sua posição geo-estratégica, o que a torna de capital relevância a nível regional, apontou que Moçambique é um grande exportador de energia limpa na África Austral, o que vai contribuir para a descarbonização regional. “No que concerne à energia hidroeléctrica destaca-se o rio Zambeze com um potencial de 18 gigawatts, constituindo um recurso potencial económico imensurável para o desenvolviemnto de baixo carbono a nível nacional e regional”, destacou.
Mais adiante, fez menção aos projectos de Panda Nkuwa com 1500 megawatts, Panda Nkuwa norte com 900, Cahora-bassa norte com 1245, Lupatha com 600, Boroma com 200 e Chemba com 600 megawats, os quais também têm papel relevante no fornecimento de energia limpa.