Empresários filiados à Confederação das Associações Económicas (CTA) querem que a XVI Conferência Anual do Sector Privado (CASP), que será realizada na próxima quarta e quinta-feira, não entre para a história como mais uma. A expectativa é que se saia de lá com resultados palpáveis e que ajudem a mudar o rumo da vida das empresas e, por essa via, da economia nacional. Para isso, o primeiro dia será reservado a negócios com bancos e empresas exploradoras de gás.
O presidente da CTA, Agostinho Vuma, tem estado afastado dos holofotes há alguns meses para, segundo a sua assessoria, se concentrar nos preparativos do evento que, pelo “rascunho” da agenda, já mostra que os empresários querem mesmo ir à busca de uma nova trajectória para melhor fazerem negócios.
Por exemplo, consta que para o primeiro dia do evento está prevista a realização de uma feira de negócios onde vai pontificar a presença em peso e força do sector do gás e da banca nacional e estrangeira para que os participantes e visitantes tenham um contacto directo com as empresas destes ramos e, a partir daí, possam explorar melhor as oportunidades existentes.E mesmo a propósito da banca, a CTA atraiu a atenção do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e de um banco das Maurícias que, conforme nos foi revelado, estão interessados em financiar negócios voltados para o sector agrícola em toda a sua cadeia, que é aquilo que está em flagrante falta no país.
Consta ainda que muitos empresários já submeteram os seus projectos e documentação afim aos escrutinadores dos bancos e da própria CTA, o que demonstra que se está a largar o velho hábito de deixar tudo para o fim. “Portanto, estamos perante sinais de mudança porque, normalmente, a CASP é apenas um espaço de diálogo entre os sectores privado e público”, disse Adelino Buque, que responde pelo pelouro de Agro-negócios e Pescas naquela agremiação.
Texto de Jorge Rungo
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