Trata-se de um projecto implementado pela firma Wanbao numa área de cerca de 20 mil hectares.
O Presidente da República, Armando Guebuza, visitou na manhã de ontem em Xai-Xai, província de
Gaza, um projecto de produção intensiva de cereais com destaque para o arroz o qual está sendo explorado pela firma chinesa Wanbao Agriculture For Development, Lda. numa área de cerca de 20 mil hectares localizados no Regadio do Baixo Limpopo. O investimento global do empreendimento é de cerca de 250 milhões de dólares norte-americanos.
Guebuza percorreu demoradamente os campos de produção da referida firma onde se inteirou dos trabalhos ora em curso na componente de produção, processamento e conservação de diferentes variedades de arroz.
Até ao fecho da nossa edição, Guebuza ainda se encontrava a efectuar uma visita guiada ao extenso campo de produção explorado pela Wanbao, mas antes disso escalou a Estacão de Bombagem de Umbapi, na zona do Regadio do Limpopo, uma infraestrutura fundamental no sistema de irrigação daquelas terras.
O referido projecto preconiza ainda o envolvimento de produtores locais dos sectores privado e familiar (cerca de oito mil) , num sistema de produção directa, e estima-se que gradualmente sejam cultivados em media 2 mil hectares/ano. Na ultima campanha agrícola, foi cultivada, a título experimental, uma área de 150 hectares, na qual foi possível obter 1200 toneladas de arroz.
Segundo o vice ministro da agricultura, António Limbau, este projecto reveste-se de grande importância não só para a província de Gaza, mas também para o país no geral, pois vai contribuir, a par de outros em cursos noutros pontos do país, para reduzir o défice de cereais e particularmente de arroz que Moçambique vem enfrentando.
“Um dos aspectos importantes deste projecto é que também prevê a capacitação dos produtores dos sector familiar em termos de novas tecnologias e utilização de sementes melhoradas para que aumentem a sua produção e produtividade o que vai permitir a médio e longo prazo resolvermos os problemas internos em termos de segurança alimentar, mas sem descurar o mercado externo, sobretudo a nível da região, uma vez que Moçambique goza de vantagens comparativas para a produção do arroz, disse Limbau.