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CASTANHA DE CAJU: Moçambique quer voltar a ser o melhor do mundo

Por admin

Texto de Angelina Mahumane

angelina.mahumane@snoticicas.co.mz

Moçambique está à procura de reconquistar o estatuto de maior produtor mundial da castanha de caju, um objectivo alcançável quer na óptica do sector produtivo – camponeses e empresas de processamento – quer na do Governo. Está-se agora a trabalhar na renovação do cajual, pressupostos para o aumento da produtividade e na melhoria do provimento de serviços ao sector.

Na década 70, o país chegou a ser considerado o maior produtor e exportador mundial da castanha de caju, com cerca de 200 mil toneladas por ano. Entretanto, após a independência, diversos factores concorreram para o fraco desempenho deste sector, caracterizado pelo encerramento da maior parte das fábricas de processamento.

Entre as causas da falência da indústria nacional de caju destaque vai para adopção da política de liberalização da exportação de castanha não processada, sob recomendação do Banco Mundial, o que não só originou a quebra de receitas fiscais, como também despedimentos, em massa, em resultado da falência das indústrias.

Neste período, a produção caiu de mais de 200 mil toneladas para apenas 15 mil. Aliás, depois de ocupar o primeiro lugar de países produtores e exportadores da castanha de caju, Moçambique classificou-se, em 2006, na oitava posição no “ranking” mundial com exportações estimadas em mais de 36 milhões de dólares.

Enquanto isso, em 2014, no mesmo “ranking”, ocupou a décima sexta posição com a arrecadação de pouco mais de 19 milhões de dólares norte-americanos.

Foi perante este cenário que o Governo decidiu iniciar um trabalho para a recuperação da produção. O caminho ainda é longo e cheio de desafios, pois existem produtores e exportadores que ocupam lugares de destaque, casos de Tanzania, Costa do Marfim, Madagáscar e Nigéria.

Além disso, grande parte de castanha nacional continua a ser exportada em bruto, o que representa uma perda de receitas que resultariam da exportação da amêndoa processada que tem mais valor no mercado internacional, além de ser um desperdício de oportunidades de emprego para os moçambicanos que trabalhariam na indústria de processamento.

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