A Câmara de Comércio de Moçambique (CCM) arranca, a partir do primeiro semestre do ano em curso, com certificação de empresas a baixo custo e com facilidades de pagamento, de modo que prestem serviços de qualidade e que sejam mais competitivas.
Dados colhidos junto do presidente da CCM, Julião Dimande, indicam que as organizações elegíveis, na sua maioria da classe das Pequenas e Médias Empresas (PME), vão pagar a partir de 600 mil Meticais, consoante a sua dimensão.
Dimande explicou que a iniciativa surge pelo facto de as PME depararem-se com dificuldades financeiras para procederem à certificação que, geralmente, custa no mínimo 25 mil dólares americanos, o que as impede de prestarem serviços às grandes companhias.
Neste processo, além da facilidade de pagamento, os gestores destas empresas vão beneficiar de formação intensiva com a duração de oito meses ao invés de três anos que são actualmente aplicados para aquisição da certificação.
“No primeiro trimestre deste ano vamos iniciar a disseminação do projecto de certificação através de seminários e workshops em todo o país, para que as empresas compreendam que esta é uma oportunidade para se certificarem a partir da CCM”, destacou.
Numa primeira fase será feita a certificação ISO, que é básica para prestação de serviços para as grandes empresas que operam no país, nos países da região e no mundo, e acredita-se que com esta actividade mais empresas nacionais adiram à Câmara, o que em última instância vai ajudar na sustentabilidade financeira da agremiação.
“Mais do que isso, queremos que as empresas prestem serviços aos grandes projectos que desenvolvem as suas actividades no nosso país porque, até hoje, são poucas as que possuem vínculos que os mega projectos. É daqui que nasce a nossa motivação de certificar as nossas empresas para serem competitivas e possam concorrer em pé de igualdade com outras da região”, referiu.
Enquanto isso não acontece, a CMM continua a dar assistência ao programa de emissão de Certificados de Origem para os produtos exportados que até ao momento é feito de forma manual, situação que será extinta ao longo deste ano com a introdução de mecanismos electrónicos.
Texto de Angelina Mahumane e Idnórcio Muchanga