O consultor independente contratado para refazer o Plano Estratégico do Instituto de Cereais (ICM) diz que esta instituição não precisa voltar a intervir directamente no mercado. Apenas deve forcar-se na coordenação, facilitação e na promoção.
Falando durante um evento de socialização e harmonização da proposta do Plano Estratégico do ICM, o consultor José Macamo sublinhou que esta entidade do Estado não precisa voltar aos tempos da já extinta AGRICOM, empresa que detinha uma imensa frota de camiões e geria um imponente sistema logístico.
Deste modo, a actuação do ICM deve estar voltada para quatro objectivos estratégicos, nomeadamente o desenvolvimento do mercado onde deve ter como base as cadeias de valor de cereais e leguminosas de grão, investimentos do sector privado nas cadeias de valor, manutenção de reserva estratégica de cereais e a promoção de reformas de desenvolvimento do mercado de cereais.
“O país cresceu e as coisas evoluíram. Hoje hoje temos um sector privado muito activo e capaz, pelo que tenho a convicção de que o ICM deve focalizar-se na coordenação, facilitação e também em acções de promoção, uma vez que se observam assimetrias no acesso à informação”, disse.