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Banco Central toma medidas para mitigar “apagão“ do sistema

Por Idnórcio Muchanga

O Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, garante que estão em curso acções para repor o funcionamento das ATM (caixas automáticas), POS (Ponto de Serviço), cartões e carteiras móveis que se encontram paralisados desde sexta-feira.

Zandamela, que falava perante a Comissão do Plano e Orçamento da Assembleia da República, explicou que o Banco Central está a elaborar um plano de contingência (redundância) para ser usado em casos similares. Para o efeito, foram enviados técnicos para Europa e Estados Unidos para identificar possíveis parceiros e “é possível que a Biz First, empresa que geria o software, tenha percebido das nossas intenções e por isso fez o apagão”.

Entretanto, o Banco Central pediu ao novo provedor para acelerar a sua vinda a Moçambique para reactivar o sistema, numa solução que se espera que seja permanente.  

A previsão é que chegue ainda esta semana”, sublinhou Zandamela.

Enquanto isso, todas as filiais do Banco Central foram instruídas a disponibilizar notas e moedas para responder à procura que se verifica neste momento. “Temos notas suficientes em todas as filiais. Ademais, o país pode viver tranquilamente com as notas e moedas que temos disponíveis”, clarificou.

Além disso, os bancos comerciais foram instruídos alargarem o tempo de atendimento público e aumentou-se a taxa de levantamento em moeda estrangeira de cinco mil para 10 mil dólares americanos. Também foi criada uma Linha Verde para aconselhar e tirar dúvidas dos clientes, sobretudo os que estão fora do país.

Para os clientes que viajaram com a expectativa de usar os seus cartões e foram apanhados de surpresa a situação é mais dramática. Ainda não temos soluções imediatas para os que estão nestas condições. Entretanto, podem fazer pagamentos através de transferência e-banking, swift e outros programas”.

Durante o encontro, Rogério Zandamela fez questão de clarificar que a Biz First, empresa que geria o sistema, é uma empresa sem expressão na economia nacional, uma vez que tem um capital social de apenas 250 mil dólares e tinha como único cliente o Banco de Moçambique.

 

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